O BÁSICO PARA VOCÊ ENTENDER O ARQUIVO 7

O BÁSICO PARA VOCÊ ENTENDER O ARQUIVO 7
Tudo que você precisa saber para entender a principal linha de investigação do Arquivo7 - O BÁSICO SOBRE MATEMÁTICA BÍBLICA, SEGUNDO A TESE ARQUIVO 7.

CALCULANDO A VERDADE - A INSPIRAÇÃO DIVINA DA BÍBLIA PROVADA PELA MATEMÁTICA

 

Uma introdução à Matemática Bíblica defendida no Arquivo7, numa exposição bem didática, ideal para quem está entrando em contato com essa tese pela primeira vez ou deseja apresentá-la a algum amigo. 

O "cânon" bíblico está fechado, com 66 livros e 1.189 capítulos, e, neste livro, apresentamos a evidência matemática como prova. 

"Investigue tudo, acredite apenas no que for provado verdadeiro" (paráfrase de 1 Tessalonicenses 5.21)

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segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

A MULHER MAIS POLÊMICA DA BÍBLIA


I - O SIGNIFICADO PROFÉTICO DA RENÚNCIA DO PAPA BENTO XVI

         Não dá para ignorar um dos acontecimentos mais importantes de 2013 (até o presente momento): o anúncio da renúncia do papa Bento XVI. Numa época onde as notícias correm na velocidade da luz, onde todo tipo de informações está disponível para quem quiser, ao simples teclar de uns botões, temos um desafio inesperado: separar o que é verdade do que é mentira, distinguir entre o fato e o boato, entre a interpretação correta dos textos bíblicos e a interpretação manipuladora, deturpada.

         Logo que a noticia vaticanista foi divulgada, as redes sociais foram invadidas por todo tipo de teoria da conspiração. Entre todas, creio que a mais absurda é a de que o falecido papa João Paulo II é a Besta do Apocalipse e que em breve retornará do túmulo diante dos olhos do mundo inteiro.

         Dezenas (ou centenas) de vídeos espalhados pelo youtube passaram a divulgar as famosas teorias conspiracionistas, cada uma pior e mais absurda que a outra. Em meio a tudo isso as pessoas me barravam nas ruas, me telefonavam ou me questionavam pela internet sobre o real significado dessas coisas, e se haveria mesmo alguma conexão com as profecias.

         Prometi a todos que iriam analisar a situação com calma, mas fui logo advertindo para não darem crédito às teorias conspiratórias sobre o Vaticano divulgadas na internet.

         Entretanto, a confusão está longe de acabar. Pessoas, sem o mínimo de conhecimento das profecias bíblicas, continuam a compartilhar e divulgar as “profundas” revelações encontradas na internet.

         Como devemos encarar tudo isso? Eu já fui muito entusiasta das teorias de conspiração, mas depois de tomar conhecimento de tantos exageros e interpretações de fundo de quintal, passei a adotar o seguinte lema: “DESCONFIE 7 VEZES DO CÁLCULO E 70 VEZES DO MATEMÁTICO”.

         Hoje resolvi publicar o resultado de minhas investigações sobre as profecias bíblicas relacionadas ao Vaticano – e existe alguma relação?

         Os próximos parágrafos são bastante polêmicos, mas quem busca a verdade por trás dos acontecimentos não pode se dar ao luxo de esconder certas evidências debaixo do tapete. Só peço que você leia todo o texto antes de emitir qualquer julgamento, e que, se possível, tenha a mente aberta, ou seja: que você possa seguir a verdade aonde a evidência levar.

II – A MULHER QUE ASSUSTA MAIS DO QUE A “BESTA FERA”

         Apocalipse 13 é um dos capítulos mais estudados pelos curiosos em assuntos proféticos. A passagem revela o surgimento de uma amedrontadora fera de 7 cabeças e 10 chifres. Leia um trecho:

“Então vi subir do mar uma besta que tinha dez chifres e sete cabeças, e sobre os seus chifres dez diademas, e sobre as suas cabeças nomes de blasfêmia. E a besta que vi era semelhante ao leopardo, e os seus pés como os de urso, e a sua boca como a de leão; e o dragão deu-lhe o seu poder e o seu trono e grande autoridade. Também vi uma de suas cabeças como se fora ferida de morte, mas a sua ferida mortal foi curada. Toda a terra se maravilhou, seguindo a besta,...” (Apocalipse 13.1-3).

         Quase todos os estudiosos (talvez 99%) concordam que essa fera simboliza um governo mundial contra Deus, ou seja, a besta é símbolo de um político e de um governo político sem Deus. Simboliza o futuro líder mundial conhecido como Anticristo e o seu império global (saído diretamente das ruínas do antigo Império Romano).

         Existem incontáveis estudos e sermões sobre a besta que se levanta do mar. Também no mesmo capitulo (a partir do versículo 11) surge uma “SEGUNDA BESTA”, que, tradicionalmente, é relacionada com o FALSO PROFETA, uma espécie de sacerdote ou braço direito do Anticristo. Digamos que ele seja um sedutor mestre de propaganda.

         A interpretação rigorosa (levando em consideração o que a própria Bíblia diz sobre cada símbolo apresentado) leva, inevitavelmente, às conclusões apresentadas acima: A 1.ª besta é o império romano, juntamente com o seu imperador final (Anticristo) e a 2.ª é o líder religioso global que levará o mundo a adorar o Anticristo como o verdadeiro Cristo.

         O fato é que duas cidades são destacadas no Novo Testamento (Jerusalém e Roma). Ambas têm sido reconhecidas há séculos pelos seguintes títulos: “cidade eterna”, “cidade de Deus”, “capital do mundo”, “capital do cristianismo”, etc.

         Outro fato é que são cidades antagônicas (política e religiosamente falando). No passado, a Roma dos césares destruiu Jerusalém, matou e perseguiu os judeus. No presente, existe uma disputa religiosa por Jerusalém, pois o Vaticano não aceita que ela seja capital do Estado de Israel, mas a quer como cidade internacional, sob o domínio da ONU. Durante séculos o Vaticano assumiu que Deus descartou os judeus como nação e que agora a Igreja Cristã seria o “novo Israel” (a chamada Teologia da Substituição, também seguida por muitas denominações evangélicas).

         Por essa razão o Vaticano demorou 45 anos para reconhecer a existência do atual Estado de Israel, renascido em 1948. Somente em 1993, Roma aceitou Israel como uma nação. Portanto, é impossível não ver que Jerusalém e Roma continuam “se estranhando.” Sim, e daí?

         Agora vamos avançar um pouco mais ao centro da polêmica. Como mostrado anteriormente, é impossível calcular a quantidade de sermões sobre a besta de Apocalipse 13. Mas no capítulo 17 de Apocalipse aparece um outro personagem, o mais polêmico e assustador de todos... até mais do que a besta!

“Veio um dos sete anjos que tinham as sete taças, e falou comigo, dizendo: Vem, mostrar-te-ei a condenação da grande prostituta que está assentada sobre muitas águas; com a qual se prostituíram os reis da terra; e os que habitam sobre a terra se embriagaram com o vinho da sua prostituição. Então ele me levou em espírito a um deserto; e vi uma mulher montada numa besta cor de escarlata, que estava cheia de nomes de blasfêmia, e que tinha sete cabeças e dez chifres. A mulher estava vestida de púrpura e de escarlata, e adornada de ouro, pedras preciosas e pérolas; e tinha na mão um cálice de ouro, cheio das abominações, e da imundícia da prostituição; e na sua fronte estava escrito um nome simbólico: A grande Babilônia, a mãe das prostituições e das abominações da terra. E vi que a mulher estava embriagada com o sangue dos santos e com o sangue dos mártires de Jesus. Quando a vi, maravilhei-me com grande admiração.” (Apocalipse 17.1-6).

         No versículo 6 o profeta deixa escapar que ficou muito espantado ao ver a sedutora mulher: “Quando a vi, maravilhei-me com grande admiração.” Em outras traduções diz que o profeta ficou “muito espantado”. Ele não se espantou ao ver a besta, porém não conseguiu esconder as emoções ao ver a chamada Prostituta da Babilônia.

         Quem é ela? Muitas pessoas morreram ao tentar identificá-la, ou melhor: por darem um nome a ela. Não é segredo para ninguém (acostumado a estudar o Apocalipse) que, pelo menos seis interpretações clássicas são dadas a essa mulher misteriosa:

1 – Ela simboliza a igreja de Roma, ou seja, a Igreja Católica Apostólica Romana (muitos reformadores protestantes seguiam essa interpretação e chamavam o papa de “a besta do Apocalipse”);

2 – Ela simboliza a cidade de Jerusalém (principalmente a Jerusalém que foi destruída pelos romanos no ano 70 da Era Cristã);

3 – Ela simboliza a Roma dos césares, isto é, a cidade de Roma quando era capital do Império Romano e não a Roma papal (o Vaticano);

4 – Como ela é chamada de Babilônia, simboliza a antiga cidade de Babilônia, no Iraque, que será reconstruída para ser a capital do reino do Anticristo;

5 – Alguns acham que ela representa os Estados Unidos;

6 – Outros pensam que ela simboliza uma futura religião global, que reunirá, num só pacote, todas as religiões do mundo, as quais apoiarão o Anticristo, uma espécie de “Organização das Religiões Unidas” (é fato que atualmente, dentro da ONU existem projetos nessa direção).

         E aí, qual a sua interpretação favorita? Dependendo de sua denominação religiosa (ou dos seus preconceitos), talvez você siga, obstinadamente, uma dessas interpretações.

III – JERUSALÉM NO BANCO DOS RÉUS

         Bem, é possível que uma das seis interpretações acima seja a verdadeira (já há quem ache que essa mulher possa ser a religião islâmica). Diante de tantos pensamentos diferentes, será que podemos ter uma idéia da real identidade dessa mulher? É possível que as pistas disponíveis nos dê uma idéia clara sobre o “rosto”, o perfil dessa terrível senhora?

         Primeiramente, a Bíblia deixa claro que essa mulher simboliza uma CIDADE e não um PAÍS:

“E a mulher que viste é a grande cidade que reina sobre os reis da terra.” (Apocalipse 17.18, negrito por minha conta) – Nesse caso, descartamos a interpretação número 5.

         Nas seis interpretações acima duas cidades se destacam: Jerusalém e Roma. É possível que a mulher apocalíptica seja uma dessas cidades?

         O que a acusação tem a dizer sobre Jerusalém?

1.ª acusação - No Antigo Testamento, repetidas vezes Jerusalém é chamada de “prostituta”.

         “Como se fez prostituta a cidade fiel! (Isaías 1.21). No capítulo 3 de Jeremias (versículo 3) Jerusalém é chamada por Deus de “prostituta sem vergonha”, e no capítulo 16 de Ezequiel existe uma descrição chocante comparando essa cidade judaica com uma prostituta.

2.ª acusação - O que Jesus disse sobre Jerusalém, na sua última visita antes da crucificação é chocante:

“Portanto, eis que eu vos envio profetas, sábios e escribas: e a uns deles matareis e crucificareis; e a outros os perseguireis de cidade em cidade; para que sobre vós caia todo o sangue justo, que foi derramado sobre a terra, desde o sangue de Abel, o justo, até o sangue de Zacarias, filho de Baraquias, que mataste entre o santuário e o altar. Em verdade vos digo que todas essas coisas hão de vir sobre esta geração. Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas,...” (Mateus 23.34-37).

         A mulher de Apocalipse 17 é acusada de matar os profetas e as testemunhas de Jesus (versículo 6). E, para completar, a frase que aparece no final do capítulo 18 é quase idêntica à frase que Jesus pronunciou em Mateus 23 a respeito de Jerusalém. Compare:

“E nela se achou o sangue dos profetas, e dos santos, e de todos os que foram mortos na terra.” (Apocalipse 18.24, negritos por minha conta).

“... para que sobre vós caia todo o sangue justo, que foi derramado sobre a terra, desde o sangue de Abel, o justo, até o sangue de Zacarias, filho de Baraquias, que mataste entre o santuário e o altar.” (Mateus 23.35, os negritos são meus).

3.ª acusação - Em Apocalipse, essa mulher é chamada de “grande cidade”, e no capítulo 11 fala-se de duas testemunhas do Senhor que morrerão na “grande cidade... onde também o seu Senhor foi crucificado.” (Apocalipse 11.8). Muito claro, não? Parece que a psicopata é mesmo Jerusalém.

         As evidências, coletadas na própria Bíblia, parecem condenar Jerusalém. Mas, nos romances policiais, nas famosas histórias de suspense, não existem muitos casos em que várias evidências apontam para uma pessoa, porém depois se descobre que o assassino era outro? Tudo começa quando, entre as diversas pistas que apontam para um suspeito, existe uma ou algumas que contradizem toda a teoria. Pessoas sem escrúpulos (ou simplesmente por preguiça) costumam ignorar as evidências “do contra”, e condenam, de imediato, aquele para o qual as outras pistas apontam.

         Nessa nossa investigação sobre a mulher babilônica existem varias evidências “do contra”, isto é, que não se encaixam com Jerusalém.

Evidência 1 – Ela REINA sobre os reis da terra:

“E a mulher que viste é a grande cidade que reina sobre os reis da terra.” (Apocalipse 17.18, negrito por minha conta) – por mais que Jerusalém tenha sido uma cidade importante no passado, ela nunca reinou sobre os reis (ou reinos) da terra.

         Se a besta representa o Império Romano, quem o comandou foi Roma e não Jerusalém.

Evidência 2 – Ela reina sobre SETE REINOS

         Mas antes de tentarmos identificar esses SETE REIS (ou REINOS), vejamos a origem da polêmica profecia sobre a renúncia de Bento XVI.

IV – ...E, DE REPENTE, O PAPA SE LEVANTOU DO TÚMULO...

         A interpretação popular que fala da suposta ressurreição do papa João Paulo II é Apocalipse 17.9,10:

“Aqui está a mente que tem sabedoria. As sete cabeças são sete montes, sobre os quais a mulher está assentada; são também sete reis: cinco já caíram; um existe; e o outro ainda não é vindo; e quando vier, deve permanecer pouco tempo.”

         Os intérpretes tentam provar, de alguma forma, que os SETE REIS citados aqui são SETE PAPAS. Mas como, se já existiram mais de 200 papas na História? A manipulação do texto é a seguinte:

“As sete cabeças são também sete reis. A cabeça é o que comanda o corpo. O cabeça visível da igreja católica é o Papa. Então, as sete cabeças são sete Papas. Mas o anjo disse que as cabeças são “reis”. Elas representam então Papas, que são também reis. Os Papas sempre foram lideres e governadores da igreja Católica; mas nem sempre foram reis.”

“Uma pessoa, para ser um Rei, deve governar um País. Se alguém governa uma província ou um estado, é um governador, mas não um Rei. A igreja Católica era apenas uma denominação religiosa desde sua fundação, até 1929. Neste ano, o ditador Italiano Benito Mussolini através do Tratado de Latrão concedeu ao Vaticano um território de 0,44 KM² para que se torna-se um Estado Monárquico e País soberano, onde o Papa é o Rei.”

“Pio XI, que era o Papa quando esta mudança tomou lugar, tornou-se o primeiro Papa “Rei”. O anjo, explicando sobre os reis, disse que “cinco caíram, e um existe” Ele leva João para o tempo do sexto rei, o que nos mostra que a profecia seria entendida quando sexto rei estivesse no trono do Papado. A partir de Pio XI, o primeiro rei, os Papas “Reis” que se seguiram foram:

2 – Pio XII;

3 – João XXIII;

4 – Paulo VI;

5 – João Paulo I;

6 – João Paulo II.” 

(Trecho retirado do site: http://www.tempofinal.com/aprimeirabesta.htm - mas existem muitos outros sites e blogs espalhando a mesma interpretação).

         Aí, seguindo esse raciocínio, Bento XVI seria o “sétimo rei”, o que haveria de “durar pouco”, para logo dar lugar ao João Paulo II, o “oitavo rei”, que voltaria do mundo dos mortos para reinar na terra.

         Como roteiro de um filme hollywoodiano até que seria interessante, mas como interpretação de uma profecia bíblica acredito que é “forçar demais a barra”.

V – A FICHA CORRIDA DOS “SETE REIS”

         Geralmente, para entendermos melhor uma profecia precisamos voltar ao inicio, ou seja, ao primeiro lugar onde ela foi citada. A besta de 7 cabeças aparece pela primeira vez no livro do profeta Daniel.
        
         Em Daniel 7, surgem quatro animais misteriosos:

a) UM LEÃO, com asas – a interpretação dada pelo anjo relaciona o leão ao império BABILÔNICO, da época de Daniel. Por meio da História e da lógica, é fácil identificar os outros animais:

b) UM URSO – o império Medo-Persa, que veio após Babilônia;

c) UM LEOPARDO – o império Grego, sob Alexandre Magno. Esse animal tinha QUATRO CABEÇAS. A história mostra que, após a morte de Alexandre, seu reino foi dividido entre seus quatro generais, e cada um passou a comandar uma parte. As quatro cabeças simbolizam então a Macedônia, o Egito, a Síria e a a Ásia Menor (Turquia, que mais tarde faria parte do Império Romano).

d) UM ANIMAL ESPANTOSO – de 10 chifres – O Império Romano. Daniel não viu 7 cabeças nesse quarto animal, mas conseguiu enxergar os 10 chifres.

         Juntando tudo, temos aí SETE CABEÇAS, ou seja: SETE REINOS! Portanto, as 7 cabeças da Besta não tem nada a ver com 7 papas, mas com 7 reinos citados na Bíblia. O versículo 10 de Apocalipse 17 deixa ainda mais claro:

“São também sete reis: cinco já caíram; um existe; e o outro ainda não é vindo; e quando vier, deve permanecer pouco tempo.”

         Até a época em que foi escrito o livro do Apocalipse, CINCO REINOS (ou impérios) já tinham dominado o mundo, especialmente a partir do mundo bíblico (Oriente Médio, Israel): Egito, Assíria (ou Síria), Babilônia, Pérsia e Grécia (incluindo a Macedônia). Roma (incluindo a Ásia Menor) era o império da vez.

“São também sete reis: cinco já caíram (Egito, Assíria, Babilônia, Pérsia, e Grécia); um existe (Roma, no tempo de João); e o outro ainda não é vindo (o futuro reino do Anticristo); e quando vier, deve permanecer pouco tempo (pois a Bíblia diz que ele só governará durante 3 anos e meio, Apocalipse 13.5).”

         Penso que essa interpretação tem mais lógica e se encaixa melhor com o resto da Bíblia do que a que compara os sete reis com os papas, você não acha?

VI – AINDA TENTANDO LIMPAR A FICHA DE JERUSALÉM...

Evidência 2 – A mulher reina sobre SETE REINOS.

         Se os 7 reinos tem tudo para serem os 7 reinos da história bíblica que dominaram e haverão de dominar Israel, é impossível que Jerusalém seja SENHORA deles. O contrário é que é a verdade: os impérios mundiais é que REINARAM SOBRE Jerusalém.

Evidência 3 – A mulher será destruída pelos seus amantes (os reis da terra).

“E os dez chifres que viste, e a besta, estes odiarão a prostituta e a tornarão desolada e nua, e comerão as suas carnes, e a queimarão no fogo.” (Apocalipse 17.16).

         No passado, os reinos não queimaram Jerusalém? Queimaram sim, mas não a destruíram, enquanto que, a mulher babilônica será destruída PARA SEMPRE.

“Um forte anjo levantou uma pedra, qual uma grande mó, e lançou-a no mar, dizendo: Com igual ímpeto será lançada Babilônia, a grande cidade, e nunca mais será achada.” (Apocalipse 18.21, negritos meus).

         Essa mulher só será destruída quando Jesus voltar, e Ele vem para reinar sobre Jerusalém e não destruí-la (Zacarias 14).

         Espera aí! E os textos citados anteriormente que parecem apontar claramente para Jerusalém? Bem, seguindo uma simples regrinha de interpretação, se existem fortes evidências contra uma teoria, o bom senso nos diz para darmos uma nova olhada nas evidências que se apresentam a favor dessa teoria.

1.ª acusação - No Antigo Testamento, repetidas vezes Jerusalém é chamada de “prostituta”.

         Refutação: Não somente Jerusalém, mas outras cidades também são chamadas de prostitutas:

         Tiro – “Toma a harpa, rodeia a cidade, ó prostituta, entregue ao esquecimento; toca bem, canta muitos cânticos, para que haja memória de ti.” (Isaías 23.16)

         Nínive – “Tudo isso por causa da multidão dos adultérios, da meretriz formosa, da mestra das feitiçarias, que vende nações por seus deleites, e famílias pelas suas feitiçarias.” (Naum 3.4)

2.ª acusação - A mulher de Apocalipse 17 é acusada de matar os profetas e as testemunhas de Jesus (versículo 6). E, para completar, a frase que aparece no final do capítulo 18 é quase idêntica à frase que Jesus pronunciou em Mateus 23 a respeito de Jerusalém. Compare:

“E nela se achou o sangue dos profetas, e dos santos, e de todos os que foram mortos na terra.” (Apocalipse 18.24, negritos por minha conta).

“... para que sobre vós caia todo o sangue justo, que foi derramado sobre a terra, desde o sangue de Abel, o justo, até o sangue de Zacarias, filho de Baraquias, que mataste entre o santuário e o altar.” (Mateus 23.35, negritos meus).

         Refutação: Sobre Jerusalém será cobrado o sangue dos que foram mortos sobre a terra ATÉ ZACARIAS! Mas sobre a Babilônia será o sangue de todos os que foram mortos sobre a terra!

         Outro detalhe: sobre Jerusalém “caia todo o sangue justo,...”; sobre a Babilônia, “e nela se achou o sangue... de todos os que foram mortos na terra.”

3.ª acusação - Em Apocalipse, essa mulher é chamada de “grande cidade”, e no capítulo 11 fala-se de duas testemunhas do Senhor que morrerão na “grande cidade... onde também o seu Senhor foi crucificado.” (Apocalipse 11.8).

         Refutação: Apocalipse fala de DUAS grandes cidades, e para se diferenciar uma da outra, a do capítulo 11 é chamada de: “... grande cidade, que espiritualmente se chama Sodoma e Egito.” A dos capítulos 17 e 18 é chamada de Babilônia, a grande.

VII – A MULHER QUE FAZ TREMER ATÉ O MAIS CORAJOSO DOS PROFETAS

         O profeta Elias enfrentou 850 falsos profetas de uma só vez no Monte Carmelo, mas correu com medo das ameaças de uma mulher (1 Reis 18).

         A perversa Jezabel é uma representação perfeita da prostituta babilônica, pois atualmente muitos homens de Deus gostam de falar da besta, do diabo, de qualquer coisa, mas evitam a todo custo falar da misteriosa mulher montada na besta.

         Parece que todos têm “um medo danado” dessa mulher sedutora. Por que será? Será porque as evidências bíblicas, quando analisadas friamente, apontam diretamente para Roma? Essas evidências dão para encher um livro ou enciclopédias, mas vamos apontar pelo menos sete:

Evidência 1 – A mulher reina sobre a terra.

“E a mulher que viste é a grande cidade que reina sobre os reis da terra.” (Apocalipse 17.18). A maioria dos estudiosos acredita que o livro do Apocalipse foi escrito por volta do ano 96 da Era Cristã.

         Perguntamos: Na época em que o Apocalipse foi escrito, que cidade dominava o mundo? ROMA!

Evidência 2 – A mulher é uma cidade assentada sobre SETE MONTES.

“Aqui está a mente que tem sabedoria. As sete cabeças são sete montes, sobre os quais a mulher está assentada;...” (Apocalipse 17.9).

         Isso parece uma impressão digital. Que cidade é conhecida mundialmente como a “CIDADE DAS SETE COLINAS”? Que cidade é conhecida mundialmente por ter sido edificada sobre 7 montes? ROMA!
Já tentaram encontrar 7 montes em Jerusalém, mas mesmo que encontrassem, não existe nenhum livro histórico, nenhuma tradição chamando Jerusalém de “CIDADE DOS SETE MONTES”.

         É claro que pode haver no mundo inúmeras cidades edificadas sobre 7 montes (alguém diz que o Rio de Janeiro é um exemplo), mas nenhuma delas entrou para a história como a “CIDADE DOS SETE MONTES”.

         Alguém pode protestar: “Ei, mas os sete montes da profecia representam sete reis”. Se fosse só isso, bastava o texto dizer: “As sete cabeças são sete reis”. Porém, o texto é claro:

         “As sete cabeças são sete montes, ...são também sete reis...”.

         “Ei, mas a palavra ‘também’ não tá no original”.

         Resposta: mesmo sem essa palavra, o texto dá a entender claramente que as sete cabeças têm DOIS significados:

         “As sete cabeças são sete montes, ...são sete reis...”. Por que a Bíblia iria chamar a atenção para os MONTES se representam somente REIS?

Evidência 3 – A mulher e sua misteriosa afinidade com os SETE REIS.

         Nenhuma outra cidade da História tem uma afinidade tão grande com a expressão “SETE REIS”. Como assim?

OS 7 REIS DA ANTIGA ROMA – Antes de Roma se tornar um Império Mundial foi governada por 7 reis (conhecidos mundialmente):

• Rômulo (753 - 716 a.C)
• Numa Pompílio (716 - 673 a.C)
• Túlio Hostílio (673 - 641 a.C)
• Anco Márcio (641 - 616 a.C)
• Tarquínio Prisco (616 - 578 a.C)
• Sérvio Túlio (Mastarna em etrusco) (578 - 534 a.C)
• Tarquínio, o Soberbo (534 - 509 a.C)

         Uma pesquisa básica na internet (google) revela o seguinte:

- Expressão “seven kings of Rome” aparece em 156.000 páginas (e na grande maioria delas são citados nominalmente, de Rômulo até Tarquínio);

- Expressão “seven kings of Jerusalém” aparece em 5 páginas (mas, na verdade, ao acessá-las, o texto não tem nada a ver e nenhum grupo de “sete reis” de Jerusalém é citado).

- Expressão “seven kings of Babylon” aparece em 7 páginas (cinco delas, na verdade, estão relacionadas com Apocalipse 17).

* Todos os acessos ocorreram em 25/02/2013.

         Ou seja, nenhuma outra cidade do planeta está tão ligada à expressão “SETE REIS” do que Roma. Da mesma forma, milhares de cidades podem ter sido edificadas sobre SETE MONTES, porém somente uma tem esse título desde a antiguidade, séculos antes do Apocalipse ter sido escrito.

Evidência 4 – A fera que a mulher parece dominar é o IMPÉRIO ROMANO (é impossível negar isso). Só uma cidade passou para a história como a capital desse império: ROMA!

Evidência 5 – É UMA CIDADE E AO MESMO TEMPO UMA PROSTITUTA - COMO PODE SER ISSO?

         No passado, Deus chamou Jerusalém de prostituta porque era uma cidade que afirmava possuir uma relação espiritual com Ele, mas havia se desviado – Ezequiel 16

         Quando o povo de Deus se voltava para os ídolos os profetas chamavam isso de PROSTITUIÇÃO e ADULTÉRIO, pois é como se uma mulher (= povo de Deus) tivesse abandonado o marido (= Deus) e fugido com os amantes (= falsos deuses).

         “E PELA LEVIANDADE DA SUA PROSTITUIÇÃO CONTAMINOU A TERRA, PORQUE ADULTEROU COM A PEDRA E COM O PAU (= isto é, adorou ídolos de pedra e pau – o profeta está falando de Israel).” (Jeremias 3.9)

         “DISSE O SENHOR A OSÉIAS: VAI, TOMA POR ESPOSA UMA MULHER DE PROSTITUIÇÕES, E FILHOS DE PROSTITUIÇÃO; PORQUE A TERRA SE PROSTITUIU, APARTANDO-SE DO SENHOR.”
(Oséias 1.2).

         Além de Jerusalém, só existiu uma outra cidade na História que reivindicou possuir uma relação espiritual com o Deus de Israel - quem? ROMA!

         Em nenhuma outra cidade, a corrupção religiosa foi tão evidente, e com isso não estou me referindo necessariamente ao Vaticano atual, mas qualquer estudante de História sabe que, entre papas decentes, honestos e santos, houve muito crápulas. Em Roma andaram mais santos e pecadores do que em qualquer outra cidade do mundo, exceto Jerusalém.

Evidência 6 – A mulher está montada na fera.

         À primeira vista pode não parecer importante o simples fato dessa senhora estar montada na besta, mas se torna muito interessante quando lembramos que o continente europeu (localização geográfica de Roma) já era simbolizado por uma MULHER MONTADA NUMA FERA, mais de 400 anos antes de Cristo. Na mitologia grega, o deus Zeus transformou-se num touro e fugiu para o Ocidente, levando a deusa Europa montada nas suas costas. Até nas moedas da União Européia a figura da mulher montada na fera aparece com freqüência. Mais uma vez: isso não aponta para Jerusalém e sim para Roma.     

Evidência 7 – Os cristãos primitivos costumavam usar a palavra “Babilônia” como um codinome para Roma.

         Onde o apóstolo Pedro estava quando escreveu sua primeira epístola? A maioria dos estudiosos não tem dúvidas: Pedro foi martirizado em Roma no ano 67 da Era Cristã, no reinado de Nero, e escreveu suas duas cartas entre os anos 63 e 67. Por que isso é importante? Porque no final de sua primeira epístola, veja o que Pedro escreveu sobre sua localização geográfica:

         “A vossa co-eleita em Babilônia vos saúda, como também meu filho Marcos.” (1 Pedro 5.13, negrito meu).

         Como assim? Pois é. Pedro estava em Roma, mas a chamou de Babilônia. Alguns estudiosos dizem que era comum, no primeiro século da Igreja, os cristãos chamarem Roma de Babilônia.

         A identificação de Roma com a Babilônia citada em Apocalipse é tão evidente que é quase impossível lermos um comentário bíblico sobre Apocalipse 17 e 18 e não se falar de Roma.

         Se você tem Roma como uma cidade sagrada e está chocado com essas informações, permita-me citar uns comentários sobre certos capítulos da Bíblia, retirados de Bíblia católicas populares (e não evangélicas ou protestantes).

         BÍBLIA, EDIÇÃO PASTORAL, PUBLICADA PELA SOCIEDADE BÍBLICA CATÓLICA INTERNACIONAL, COM APOIO DA CNBB – CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL, edição de junho de 1994.

         Seu comentário sobre 1 Pedro 5.13: “Na linguagem dos cristãos desse tempo, Babilônia indica a grande cidade, de Roma, centro das religiões pagãs (cf. Ap 17).”

         Comentário sobre Apocalipse 13: “A Besta... trata-se de Roma, às margens do mar mediterrâneo.”

         Comentário sobre Apocalipse 17: “A prostituta é símbolo de uma cidade idolátrica. Na época, trata-se de Roma, aqui apresentada como Babilônia, a capital da idolatria e do vicio.(...) As sete cabeças são as sete colinas de Roma. (...) Os dez chifres são os países dominados por Roma, unidos a ela para lutarem contra Cristo,...”

         Comentário sobre Apocalipse 18: “O Evangelho desmascara e desfaz a confusão da cidade idolátrica, que no tempo era Roma, símbolo do paganismo e da tirania. A causa da ruína é a idolatria (prostituição).”

         * No original não existem palavras em negrito.

         Vejamos agora o que diz uma das versões mais famosas das Bíblias católicas: a edição AVE MARIA, da editora de mesmo nome. Os comentários a seguir foram retirados da edição número 169 (ano 2006):

         O que simboliza BABILÔNIA no Novo Testamento, de acordo com a Bíblia da editora Ave Maria?

         Comentário sobre 1 Pedro 5.13: “Babilônia: termo de desprezo para designar a cidade de Roma.”

         Comentário sobre Apocalipse 13: “Babilônia é para os profetas a capital da idolatria e da sensualidade. No tempo do Apocalipse, era a Roma pagã, tomada como um tipo de todos os reinos inimigos de Deus.”

         Comentários sobre Apocalipse 17: “os reis da terra: trata-se aqui dos reis sujeitos a Roma. Na linguagem dos profetas, a prostituição designa antes de tudo as corrupções religiosas da idolatria, geradora de toda espécie de depravações morais. (...) o poder político anticristão naqueles tempos identificava-se com Roma, a Prostituta,... (...) a alusão às sete colinas da Roma pagã é evidente. (...) Eles se aliarão ao império da Roma pagã...”

         * No original não existem palavras em negrito.

         Diante do exposto, é quase impossível lermos Apocalipse 17 e não pensarmos em Roma. Como atualmente existe uma grande organização religiosa ocupando essa cidade, e envolve a fé de milhões de pessoas, temos que ser muito cautelosos ao tirarmos quaisquer conclusões.

         Mas, se Apocalipse 17 e 18 trata-se de Roma, como esta cidade pode ser culpada do sangue de todos os que morreram na terra? Na verdade, o espírito babilônico que tem dominado todas as cidades dos reinos (passando por Nínive, Babilônia, Pérgamo, Atenas, Moscou, Pequim, etc., etc.) é um só. É o mesmo que se manifestou no passado, especialmente na construção da torre de Babel. Esse espírito anticristão, que vem resistindo a Deus, tem se instalado em muitas cidades no decorrer das eras e por fim será julgado.

         Roma aparece em Apocalipse, não restam dúvidas. Mas, qual seria ela: a política (do tempo dos césares) ou a político-religiosa (do tempo do Vaticano)?

         Algumas coisas são claras até demais:

         1 - A mulher babilônica só morrerá na época do Retorno de Cristo, ou seja, no fim dos dias, nos tempos do reinado do Anticristo sobre a terra, portanto, no futuro.

         2 – Roma aparece em Apocalipse relacionando-se com o Anticristo, um grande líder anticristão, um tipo de aliança absurda que um papa, que se diz representante de Cristo na terra, jamais faria (pelo menos não um do caráter de Bento XVI).

         Mas, e se for um papa anticristão, um papa totalmente liberal, quem sabe até um ateu, colocado no poder por poderosas organizações secretas, tais como vemos nos filmes? Agora entramos no terreno das especulações, das teorias conspiratórias.

         Nesse ponto não posso afirmar nada com certeza. Mas diante da pressão dos movimentos gays, dos movimentos pró-abortos, da crescente onda do politicamente correto, das campanhas contra a família tradicional, e se um “papa negro” fosse entronizado no Vaticano por essas sociedades secretas que a gente sabe que existem, mas não tem idéia de como são e onde estão?  

         O que eu quis dizer com “papa negro”? Nada a ver com alguém da pele negra. Essa expressão é usada há muito tempo pelas sociedades secretas para conceituar uma misteriosa autoridade não oficial, que parece controlar muitas coisas no Vaticano.

         De uma hora para outra tudo pode acontecer – e bem rápido. Se Roma terá mesmo uma grande importância no futuro reino anticristão, e se um líder religioso mundial será aliado do Anticristo, muita gente tem razão ao se apavorar toda vez que um novo papa assume o poder. Principalmente no mundo de hoje.

         Por isso que o anúncio da renúncia de Bento XVI tem chamado tanta a atenção dos estudiosos das profecias – infelizmente, parece que tem gente que fuma um "baseado" sempre que vai interpretar o Apocalipse.

         Finalizando, na minha opinião, a mulher montada na Besta envolve não somente Roma, mas todas as religiões mundiais, numa espécie de pacote que alguns políticos dentro da ONU tem chamado de Organização das Religiões Unidas. Quem sabe, todas as religiões unidas, sob o comando de um papa anticristão? A coisa é mais séria do que imaginamos.

“Depois destas coisas vi descer do céu outro anjo que tinha grande autoridade, e a terra foi iluminada com a sua glória. E ele clamou com voz forte, dizendo: Caiu, caiu a grande Babilônia, e se tornou morada de demônios, e guarida de todo espírito imundo, e guarida de toda ave imunda e detestável. Porque todas as nações têm bebido do vinho da ira da sua prostituição, e os reis da terra se prostituíram com ela; e os mercadores da terra se enriqueceram com a abundância de suas delícias. Ouvi outra voz do céu dizer: Sai dela, povo meu, para que não sejas participante dos seus pecados, e para que não incorras nas suas pragas.” (Apocalipse 18.1-4)
        
Moacir R. S. Junior

morganne777@hotmail.com