Em relação à Matemática Bíblica estou plenamente consciente de três coisas:
Primeiro, que quase 100% da comunidade cristã ignora essa área da Teologia;
Segundo, que a minúscula parte dos cristãos que tem o privilégio de ouvir falar dessa disciplina, se classifica em três grupos:
a) os que menosprezam totalmente essa disciplina;
b) os que consideram seus expositores malucos ou hereges;
c) e os que acreditam nela.
E terceiro, que temos MAIS EVIDÊNCIAS sobre essa doutrina do que sobre muitas das popularmente estudadas na Teologia Sistemática. Espera aí! Como eu ouso afirmar uma coisa dessa?
Simples! Qualquer livro sobre Teologia Sistemática dificilmente possui mais de três mil páginas. Entretanto, para catalogar as evidências sobre os fenômenos matemáticos na Bíblia temos mais de 27.000 páginas!!!
Portanto, você pode alegar qualquer desculpa pra duvidar da existência da Matemática Bíblica, só não pode dizer que não existem evidências a respeito.
Sim, o peso das evidências a favor da Matemática Bíblica é muito grande, colossal.
Questionado a respeito da relevância da Matemática Bíblica, o Dr. Vernon Jenkins (o saudoso mestre da Matemática Bíblica) deu uma resposta, em seu site, que vou resumir nos seguintes pontos:
A TEORIA DA INTENÇÃO DIVINA
Ao usar a matemática para autenticar a Sua palavra, Deus satisfaz, pelo menos, três critérios:
1 – O CRITÉRIO DA UNIVERSALIDADE - A linguagem matemática é universal. Isto é, completamente independente da linguagem, do intelecto, do tempo e do lugar;
Ou seja, qualquer que seja a cultura, os cálculos envolvendo as palavras originais da Bíblia conduzirão, sempre, eternamente, ao mesmo resultado – em qualquer calculadora, em qualquer lugar, mesmo no céu, no inferno ou em algum planeta desconhecido.
2 - O CRITÉRIO DA NÃO NECESSIDADE DE FÉ PARA CRER
A verdade apresentada por meio do argumento matemático e lógico exclui a necessidade de se apelar para um passo de fé. Em outras palavras: Os fenômenos matemáticos ocultos em Gênesis 1 não precisam de fé para serem percebidos. Basta um pouco de inteligência.
A acusação que muitos céticos costumam fazer aos cristãos (de que estes acreditam na Bíblia como a Palavra de Deus APENAS COM BASE NA FÉ E NÃO NA LÓGICA) não pode ser aplicada em relação aos fenômenos matemáticos encontrados em Gênesis 1.1 e na estrutura dos capítulos bíblicos, como temos demonstrado incansavelmente. OS FATOS MATEMÁTICOS ESTÃO NA BÍBLIA! NINGUÉM PRECISA DE FÉ PARA CRER NELES!
3 – O CRITÉRIO DA IMPOSSIBILIDADE HUMANA
O fato indiscutível é que as letras hebraicas só foram convertidas em números 1200 anos DEPOIS da elaboração do livro de Gênesis – portanto, quem elaborou os tais códigos numéricos de Gênesis, além de ser um gênio matemático excepcional, precisaria também ter o dom da PRESCIÊNCIA, para prever como as letras seriam numeradas 1200 anos depois.
A complexidade dos padrões matemáticos em Gênesis é tanta que, mesmo que o escritor tivesse conhecimento dos valores das letras, ainda assim seria humanamente IMPOSSÍVEL elaborar o que lá se encontra.
E ainda que as letras hebraicas tivessem sido numeradas na época de Moisés, um fato permanece (e nenhum cético ousa negá-lo): A CONVERSÃO DA BÍBLIA EM CAPÍTULO E VERSÍCULOS ACONTECEU NA IDADE MÉDIA. Portanto, quase 3000 anos após a elaboração do livro de Gênesis! Nesse caso como explicar as intrigantes conexões matemáticas entre Gênesis 1.1 e a estrutura dos capítulos bíblicos?
O Dr. Jenkins acredita que somente a linguagem dos números, isto é, da Matemática, preenche as condições para se satisfazer os três critérios acima.
E que, ao infiltrar, INTENCIONALMENTE, vários padrões matemáticos na Bíblia, especialmente envolvendo os números 37 e 73, Deus estaria nos dando uma excelente FERRAMENTA APOLOGÉTICA para desafiar os céticos da nossa época – principalmente aqueles que, adotando a teoria EVOLUCIONISTA, escolheram o livro de Gênesis como seu maior alvo de ataques contra a fé Cristã.
Uma pergunta que os céticos deveriam fazer, diante da coleção (toneladas) de fatos matemáticos na Bíblia, especialmente em Gênesis 1.1: Pra que alguém se deu ao trabalho de inserir esses padrões numéricos na Bíblia? Isso serviria para provar o que?
E que tal se esses fenômenos numéricos foram arquitetados com o único propósito de provar a incapacidade ou impossibilidade da mente humana inventar a Bíblia? Essa é a tese principal defendida por todos os estudiosos da Matemática Bíblica. Entretanto, mais recentemente, foi sugerida outra razão para a existência da Matemática Bíblica: PROVAR QUE O CÂNON BÍBLICO ESTÁ FECHADO, COM 66 LIVROS E 1.189 CAPÍTULOS!
Sim, de repente, várias simetrias matemáticas começaram a brotar, isto é, foram descobertas, quando alguns estudiosos passaram a cavar numa área grandemente rica em números: A NUMERAÇÃO DOS CAPÍTULOS BÍBLICOS.
Ivan Panin, o lendário pioneiro da Matemática Bíblica até que tentou provar que haveria uma simetria na estrutura dos livros bíblicos. Ele apela para a gematria e tenta associar os valores dos nomes dos escritores com a estrutura dos livros. Mas, particularmente, penso que a tese dele a respeito disso é fraca.
Já Vernon Jenkins não se aprofundou nessa área diretamente, porém, escreveu uns três artigos (que eu me lembre) sugerindo que a estrutura dos capítulos bíblicos também contém a mesma assinatura matemática de Gênesis 1.1. Ele aponta, por exemplo, para algumas propriedades matemáticas do número 1189 e para a singular posição do Salmo 117 na Bíblia. É o MENOR capítulo da Bíblia e fica exatamente NO CENTRO dela. Ou seja, existem 594 capítulos antes e 594 depois.
Claro que somente esse detalhe não que dizer nada, à luz da Matemática Bíblica. Entretanto, o valor numérico total das palavras desse Salmo é um múltiplo de 37. Aí já dá pra se suspeitar de uma coincidência significativa. E Vernon descobriu muito mais coisa nesse capítulo central da Bíblia. Logo, com as evidências colhidas aí e em outras partes envolvendo a numeração dos capítulos (e até versículos) bíblicos, Vernon chegou à algumas conclusões interessantes:
“Certamente temos justificativa para questionar as coincidências notáveis que acompanham a divisão do texto bíblico por Langton em precisamente 1.189 capítulos. Ele começou seu trabalho com esse número já em mente? Improvável, sugiro; como um prolífico escritor de comentários bíblicos, seu principal objetivo teria sido facilitar a comunicação com seus leitores. Em vez disso, como aqueles muitos indivíduos envolvidos na formulação do Cânon Cristão de 66 livros, sugiro que Stephen Langton estava cumprindo - embora involuntariamente - um requisito divino adicional de que o número de capítulos fosse 1189. O motivo? Na minha opinião, simplesmente para ajudar esta geração atual a aceitar a realidade de uma marca d'água na Bíblia - e comece, seriamente, a considerar as profundas implicações de tal ação divina.” (http://www.whatabeginning.com/BBooks/LangtonLegacy/P.htm).
Infelizmente, Vernon não chegou a tomar conhecimento das centenas de simetrias envolvendo o número 37 na estrutura dos capítulos, através do sistema da ROLETA DOS CAPÍTULOS BÍBLICOS, usando a ARITMÉTICA MODULAR, como temos demonstrado, exaustivamente, no Arquivo7. Mas o peso do seu legado de descobertas na Matemática Bíblica é incalculável.
ARITMÉTICA MODULAR?
Foi o tema do nosso artigo da semana passada.
Moacir Junior – moacir37junior@gmail.com – www.arquivo7.com.br