Uma das minúsculas maravilhas da natureza que sempre
intrigou os estudiosos é o CRISTAL DE NEVE (também conhecido como FLOCO
DE NEVE). Um americano dedicou parte de sua vida a fotografar essas
minúsculas obras de Deus, porque ficou chocado com as primeiras fotos.
Uma biografia resumida dele diz:
Wilson Alwyn Bentley (9 de fevereiro, 1865 – 23 de
dezembro, 1931), nascido em Jericho, Vermont, Estados Unidos, foi um dos mais
conhecidos fotógrafos de flocos de neve. Ele desenvolveu um processo de
capturar as partículas em um veludo negro de forma que conseguisse fotografá-las
antes delas derreterem.
Durante sua vida fotografou mais de 5.000 cristais
de neve e fez duas descobertas intrigantes:
1 – Quase 100% dos cristais de neve possuem a forma
geométrica HEXAGONAL;
2 – Não existem dois iguais (tal como nossas
impressões digitais).
Ou seja, se você apanhar um punhado de neve, terá em
sua mão milhares de coisinhas de formato hexagonal e totalmente diferentes uma
das outras. Não é fascinante?
Antes de nos aprofundarmos
na Matemática Bíblica do Cristal de Neve, queremos ainda destacar outras
informações interessantes sobre Bentley:
“Ele ficou interessado em cristais de neve quando
adolescente na fazenda da família. ‘Sempre, desde o começo, foram os flocos de
neve que mais me fascinaram’, disse ele. ‘As pessoas da fazenda neste país
temem o inverno, mas eu fiquei extremamente feliz.’ Ele tentou desenhar o que
viu através de um velho microscópio dado a ele pela mãe aos quinze anos. Os
flocos de neve eram muito complexos para serem gravados antes de derreterem,
então ele conectou uma câmera de fole a um microscópio composto e, após muita
experimentação, fotografou seu primeiro floco de neve em 15 de janeiro de 1885.
Ele capturou mais de 5.000 imagens de cristais em sua vida. Cada cristal foi
capturado em um quadro negro e transferido rapidamente para uma lâmina de
microscópio. Mesmo em temperaturas abaixo de zero , os flocos de neve são
efêmeros porque sublimam.”
“Bentley descreveu flocos de neve como ‘pequenos
milagres de beleza’ e cristais de neve como ‘flores de gelo’. Apesar dessas
descrições poéticas, Bentley trouxe um método empírico ao seu trabalho. Em
colaboração com George Henry Perkins, professor de história natural da
Universidade de Vermont, Bentley publicou um artigo no qual argumentava que não
havia dois cristais de neve iguais. Esse conceito chamou a atenção do público e
ele publicou outros artigos em revistas, incluindo National Geographic, Nature,
Popular Science e Scientific American. Suas fotografias foram solicitadas por
instituições acadêmicas em todo o mundo.”
Todas as fontes,
comprovando cada uma dessas informações, podem ser acessadas a partir deste
endereço: https://en.wikipedia.org/wiki/Wilson_Bentley
A primeira vez em que tomei conhecimento dessas
características incríveis dos flocos de neve, foi em um texto citado pelo
famoso teólogo americano Myer Pealman, em uma de suas obras teológicas mais
populares: “CONHECENDO AS DOUTRINAS DA BÍBLIA”.
“O Sr. A. J. Pace, desenhista do periódico
evangélico ‘Sunday School Times’, fala de sua entrevista com o finado Wilson J.
Bentley, perito em microfotografia (fotografar o que se vê através do
microscópio). Por mais de um terço de século esse senhor fotografou cristais de
neve. Depois de haver fotografado milhares desses cristais ele observou três
fatos principais: primeiro, que não havia dois flocos iguais; segundo: todos
eram de um padrão formoso; terceiro: todos eram invariavelmente de forma
sextavada.
Quando lhe perguntaram como se explicava essa simetria
sextavada, ele respondeu: ‘Decerto, ninguém sabe senão Deus, mas a minha teoria
é a seguinte: Como todos sabem, os cristais de neve são formados de vapor de
água a temperaturas abaixo de zero, e a água se compõe de três moléculas, duas
de hidrogênio que se combinam com uma de oxigênio. Cada molécula tem uma carga
de eletricidade positiva e negativa, a qual tem a tendência de polarizar-se nos
lados opostos. O algarismo três, portanto, figura no assunto desde o começo.’
‘Como podemos explicar estes pontinhos tão
interessantes, as voltas e as curvas graciosas, e estas quinas chanfradas tão delicadamente
cinzeladas, todas elas dispostas com perfeita simetria ao redor do ponto
central?’ perguntou o Sr. Pace.
Encolheu os ombros e disse: ‘Somente o Artista que
os desenhou e os modelou conhece o processo.’
Sua declaração acerca do ‘algarismo três que figura
no assunto’ me pôs a pensar. não seria então que o triúno Deus, que modela toda
a formosura da criação, rubrica a própria trindade nestas frágeis estrelas de
cristal de gelo como quem assina seu nome em sua obra-prima? Ao examinar os
flocos de neve ao microscópio, vê-se instantaneamente que o princípio básico da
estrutura do floco de neve é o hexágono ou a figura de seis lados, o único
exemplo disso em todo o reino da geometria a este respeito. O raio do circulo
circunscrevente é exatamente igual ao comprimento de cada um dos seis lados do
hexágono. Portanto, resultam seis triângulos eqüiláteros reunidos ao núcleo
central, sendo todos os ângulos de sessenta graus, a terça parte de toda a área
num lado duma linha reta. Que símbolo sugestivo do triúno Deus é o triângulo!
Aqui temos unidade: um triângulo, formado de três linhas, cada parte indispensável
à integridade do conjunto.
A curiosidade agora me impeliu a examinar as referências
bíblicas sobre a palavra ‘neve’, e descobri, com grande prazer, este mesmo ‘triângulo’
inerente na Bíblia. Por exemplo, há 21 (3 x 7) referências contendo o substantivo
‘neve’ no Antigo Testamento, e 3 no Novo Testamento, 24 ao todo. Então achei
referencias, que falam da ‘lepra tão branca como a neve’. Três vezes a
purificação do pecado é comparada à neve. Achei mais três que falam de roupas ‘tão
brancas como a neve’. Três vezes a aparência do Filho de Deus compara-se à
neve. Mas a maior surpresa foi ao descobrir que a palavra hebraica, ‘neve’,
é composta inteiramente de algarismos ‘três’! É fato, embora não seja
geralmente conhecido que, não tendo algarismos, tanto os hebreus como os gregos
usavam as letras do seu alfabeto como algarismos. Bastava um olhar casual de
um hebreu à palavra SHELEG (palavra hebraica que quer dizer ‘neve’) para ver
que ela significa o algarismo 333, bem como significa ‘neve’. No hebraico a primeira
letra, que corresponde à nossa ‘SH’, vale 300; a segunda consoante ‘L’ vale 30;
e a consoante final, o nosso ‘G’, vale 3. Somando-as, temos 333, três
algarismos de três. Curioso, não é verdade? Mas por que não esperar
exatidão matemática dum livro plenamente inspirado, tão maravilhoso quanto o
mundo que Deus criou?
Acerca de Deus disse Jó: ‘Faz grandes coisas que
não podemos compreender. Pois diz à neve: Cai sobre a terra’ (Jo 37:5,6).
Eu já gastei dois dias inteiros para copiar com pena e tinta o desenho de Deus
de seis cristais de neve e fiquei muito fatigado. E como é fácil para ele
fazê-lo! ‘Ele diz à neve’ — e com uma palavra está feito.
Imaginem quantos milhões de bilhões de cristais de
neve caem sobre um hectare de terra durante uma hora, e imaginem, se puderem, o
fato surpreendente de que cada cristal tem sua individualidade própria, um
desenho e modelo sem duplicata nesta ou em qualquer outra tempestade. ‘Tal
conhecimento é maravilhoso demais para mim; elevado é, não o posso atingir’
(Sal.139:6). Como pode uma pessoa ajuizada, diante de tal evidência de desígnios,
multiplicados por um sem-número de variedades, duvidar da existência e da obra
do Desenhista, cuja capacidade é imensurável?! Um Deus capaz de fazer tantas
belezas é capaz de tudo, até mesmo de moldar as nossas vidas dando-lhes beleza
e simetria.”
(Myer Pealman, CONHECENDO AS DOUTRINAS DA BÍBLIA,
págs. 34-36, Editora Vida, edição de 2001).
Nota 1: Ele cita “Wilson J. Bentley”, mas deve ter
sido um equívoco, porque o nome completo desse grande fotógrafo geralmente
aparece como Wilson Alwyn Bentley nos muitos textos que vi sobre ele na
internet. Mas é um detalhe que não interfere em nosso estudo.
Nota 2: Há um problema com o parágrafo: “Por
exemplo, há 21 (3 x 7) referências contendo o substantivo ‘neve’ no Antigo Testamento,
e 3 no Novo Testamento, 24 ao todo.” É verdade que no Novo Testamento, a
palavra “neve” aparece somente 3 vezes (inclusive no original grego, como pude
constatar). Já no Antigo Testamento, encontramos “neve” 22 vezes. Qual a razão
do equívoco do autor? Tenho duas hipóteses:
a) Ele não considerou um texto paralelo. A cena de 2
Samuel 23.20 repete-se em 1 Crônicas 11.22. Se este for o caso, ficaria melhor
se fosse dito mais ou menos o seguinte: “No Antigo Testamento, a NEVE aparece
em 21 ocasiões diferentes”;
b) Como a Bíblia usada pelo autor foi a inglesa,
compare os dois textos (paralelos) na versão da KJV (King James Version),
observe especialmente a palavra “neve”, isto é, SNOW:
2 Sm 23:20: “And Benaiah the son of Jehoiada, the
son of a valiant man, of Kabzeel, who had done many acts, he slew two lionlike
men of Moab: he went down also and slew a lion in the midst of a pit in time of
snow:”
1 Cr 11:22: “Benaiah
the son of Jehoiada, the son of a valiant man of Kabzeel, who had done many
acts; he slew two lionlike men of Moab: also he went down and slew a lion in a
pit in a snowy day.”
No texto de 1 Crônicas, temos SNOWY, que, em
inglês, significa NEVADA, não exatamente NEVE. Não entendi o porque dessa palavra
ter sido escrita assim, já que no texto paralelo de 2 Samuel temos claramente a
palavra SNOW (neve). Por essa razão, o autor pode ter desconsiderado de
sua contagem. No original está como הַשָּֽׁלֶג׃ e em 2 Samuel como הַשָּֽׁלֶג׃, ou
seja, exatamente igual. Fonte: https://biblehub.com/hebrew/hashshaleg_7950.htm
(aliás, este é o melhor site para consultas à todas as versões da Bíblia,
antigas e recentes). Muitas vezes a palavra גלֶשָּֽׁ (neve) aparece sozinha e outras acompanhadas de uma ou duas letras
hebraicas, por capricho (ou estilo) da gramática hebraica, que, às vezes, junta
o artigo com o substantivo, etc.
Estou enfatizando esses detalhes pra que ninguém me acuse de
manipular dados e palavras a fim de encaixar nas simetrias que serão
apresentadas. Em todas as versões consultadas, a palavra “neve” aparece em 25
versículos (3 no Novo Testamento).
Nota 3: O texto de Pealman não está negritado no
original.
O
QUE A NEVE SIMBOLIZA NA BÍBLIA?
Não precisamos pesquisar muito pra percebemos que,
como símbolo, a neve aponta para, pelo menos, duas coisas: