1 – Por que o leão simbolizaria o
Império Babilônico?
Evidência 1 – No capítulo 2 de Daniel, Deus revela o futuro na forma de
uma grande estátua, formada por ouro (cabeça), prata (peitos e
braços), bronze (ventre e quadris), ferro e barro (pés). Claramente
a profecia diz que a cabeça de ouro simboliza a Babilônia (Dn 2.38). O
ouro é o mais precioso dos metais, o “rei”.
Evidência 2 - rei dos animais (esse
conceito é não somente popular, mas bíblico). Ex.: leão como símbolo da tribo
de Judá, tribo da realeza: “Judá é um leãozinho. (...) O cetro não se
arredará de Judá, ...” (Gênesis 49.9,10). Jesus, Rei dos reis, é o
Leão da tribo de Judá (Apocalipse 5.5).
Nabucodonosor é chamado “rei dos reis” em duas passagens bíblicas:
“Porque assim diz o
Senhor Deus: Eis que eu trarei contra Tiro a Nabucodonosor, rei de Babilônia,
desde o norte, o rei dos reis, com cavalos, e com carros, e com
cavaleiros, sim, companhias e muito povo.” (Ezequiel 26.7).
O profeta diz ao rei: “Tu, ó rei, és rei de reis, a quem o Deus do
céu tem dado o reino, o poder, a força e a glória; e em cuja mão ele entregou
os filhos dos homens, onde quer que habitem, os animais do campo e as aves do
céu, e te fez reinar sobre todos eles; tu és a cabeça de ouro.” (Daniel
2.38,39).
Essas descrições se
encaixariam perfeitamente com qual dos 4 animais?
Evidência
3 - Nas ruínas da antiga Babilônia foram encontradas muitas figuras e
esculturas de leões com asas de águia (portanto, era um símbolo familiar da
antiga Babilônia).
Evidência
4 - Jeremias 4.6,7 fala da invasão babilônica a Israel e chama seu rei de
“leão”.
Evidência
5 - Jeremias 50.17: “Cordeiro desgarrado é Israel, os leões o
afugentaram; o primeiro a devorá-lo foi o rei da Assíria, e agora
por último Nabucodonosor, rei de Babilônia, lhe quebrou os ossos.” Este
texto é bem interessante: A área do império Assírio foi quase a mesma do
império Babilônico, e aqui os dois são chamados de leões. Adiante voltaremos a
nos lembrar desses dois.
Evidência
6 - De todos os reis citados na Bíblia, a história de Nabucodonosor é a
única que lembra perfeitamente a visão de Daniel sobre o leão: “O primeiro era
como leão, e tinha asas de águia; enquanto eu olhava, foram-lhe arrancadas as
asas, e foi levantado da terra, e posto em dois pés como um homem; e foi-lhe
dado um coração de homem.” (Daniel 7.4).
Nabucodonosor começou como um leão, devorando tudo, com grande velocidade nas
conquistas (asas). Mas, de repente, as asas são arrancadas, a fera fica mansa (Babilônia
para de conquistar reinos), e recebe um coração de homem (a fera torna-se
humana – Daniel 4 mostra um homem tornando-se uma fera e voltando ao normal 7
anos depois, totalmente humilde. O selvagem deu lugar ao humano).
Como alguém já disse: “São muitas as coincidências para serem apenas
coincidências”.
2 – Por que o urso simbolizaria o Império Medo-Persa?
Evidência
1 - Se
o leão é Babilônia, o próximo reino na seqüência foi a Pérsia (aliada aos
Medos).
Evidência 2 - Há uma particularidade
ligando esses DOIS reinos ao número 2: DOIS braços na
estátua; DOIS chifres do carneiro em Daniel 8 (que é
claramente identificado com esses dois reinos). E se em Daniel 7.5, se faz
referência a um dos “lados” do urso (mostrando primazia de um em relação ao
outro lado), a semelhança com os dois chifres do carneiro em Daniel 8,
principalmente quando destaca que um era mais alto do que o outro, é grande
demais para ser ignorada.
3 – Por que o leopardo simbolizaria o Império Grego?
Evidência
1 - Se os dois primeiros são Babilônia e Medo-Persa, logicamente o próximo
é a Grécia, sob Alexandre Magno.
Evidência
2 - Em Daniel 8, o Império Grego é chamado pelo nome e se divide em 4
(simbolizados por 4 chifres), e o terceiro animal em Daniel 7 tem 4 cabeças,
bem como 4 asas.
Evidência
3 - A relação entre a Grécia e o número 4 não deve ser ignorada. E com isso
temos mais um indício: Em Daniel 2, a Grécia é comparada ao “ventre e
quadris” da estátua. O interessante é a origem da palavra QUADRIL:
“O quadril é a articulação que une o membro inferior ao esqueleto axial. Está
formado pelos ossos ilíaco e fêmur, sendo o primeiro formado por três outros
ossos íleo, ísquio e pube, totalizando quatro ossos, daí a
denominação de QUADRIL.”
http://www.ortbarra.com.br/website/index.php?option=com_content&view=article&id=61:cirurgia-do-quadril&catid=37:especialidades&Itemid=67
4 – E
o quarto animal? Entra em cena Roma!
“Depois disto, eu continuava olhando, em visões noturnas, e eis aqui o quarto
animal, terrível e espantoso, e muito forte, o qual tinha grandes dentes de
ferro; ele devorava e fazia em pedaços, e pisava aos pés o que sobejava; era
diferente de todos os animais que apareceram antes dele, e tinha dez chifres.”
(Daniel 7.7)
Evidência 1 - “terrível e espantoso” –
As maldades e depravação moral dos césares romanos superaram as de todos os
reis anteriores. Não se tem notícia, por exemplo, que Nabucodonosor, ou
Alexandre ou alguns dos muitos reis da Média e Pérsia tenham matado a própria
mãe, como fez Nero. Babilônia jogou o povo de Deus na fornalha, os persas na
cova dos leões, mas os romanos superaram a todos com a crucificação, a arena
dos leões, as tochas de fogo humanas e outras atrocidades que a História
registrou. Só em falar a palavra “romano” todo o mundo tremia (Atos 16.37-39).
Evidência 2 - “muito forte” – Roma
governou o mundo durante mais de 1000 anos (nenhum dos outros reinos anteriores
chegou ao menos próximo disso).
Evidência 3 - “tinha grandes dentes
de ferro.” Será por acaso que o elemento FERRO (relacionado a Roma
em Daniel 2) seja citado aqui?
Evidência 4 - “ele devorava e fazia em
pedaços” – A primeira coisa que Roma fazia ao conquistar uma nação era dividir
suas terras em regiões, tetrarquias, províncias e distritos.
Evidência 5 - “pisava aos pés o
que sobejava” – Aqui se fala dos seus PÉS (outra ligação com Daniel 2, quando
relaciona as PERNAS e OS PÉS com Roma).
Evidência 6 - “era diferente de todos
os animais” – Roma foi diferente dos reinos anteriores em muitos aspectos: não
foi conquistada por nenhum reino posterior, acabou se mesclando com o
Cristianismo (gerando um império romano religioso), sua forma de administrar, e
suas leis continuam influenciando o mundo até hoje, etc. Porém, mais adiante,
veremos uma outra razão (talvez a principal) do porque esse animal era
diferente de todos os outros.
Evidência 7 - Agora
vamos comparar duas declarações em dois capítulos diferentes:
“E haverá um quarto reino, forte como ferro, porquanto o
ferro esmiúça e quebra tudo; como o ferro quebra todas as
coisas, assim ele quebrantará e esmiuçará.” (Daniel 2.40)
“Assim me disse ele: O quarto animal será um quarto reino na
terra, o qual será diferente de todos os reinos; devorará toda a terra,
e a pisará aos pés, e a fará em pedaços.” (Daniel 7.23)
No primeiro texto quase todo mundo concorda
que é Roma. Quanto ao segundo texto, há controvérsias. Mas se os dois textos
não estão falando do mesmo reino, por que tantas coincidências? Se fossem em
livros diferentes ainda restaria alguma dúvida, mas textos coincidentes
escritos num mesmo livro logicamente têm que estar falando do mesmo tema.
Portanto, para o “quarto reino” em Daniel 7 não ser uma referência ao Império
Romano, o “quarto reino” de Daniel 2 também não pode ser. Mas se o profeta
chamou Nabucodonosor, rei da Babilônia de “cabeça de ouro”, ou seja, o primeiro
império, a lógica (pelos fatos históricos) é clara: Babilônia foi sucedida pela
Média-Pérsia, que por sua vez foi conquistada pela Grécia. Após o período do
Império Grego, o próximo império a dominar o mundo foi, sem um pingo de
dúvidas, Roma.
Mais uma peça que se encaixa:
Evidência
8 - Logo após Daniel citar o “quarto reino” no versículo 40 do capítulo 2,
suas próximas palavras são para os pés e dedos (10 dedos) da estátua.
“Quanto ao que viste dos pés e dos dedos, em parte de
barro de oleiro, e em parte de ferro, isso será um reino dividido; contudo
haverá nele alguma coisa da firmeza do ferro, pois que viste o ferro misturado
com barro de lodo.” (Daniel 2.41).
E logo depois de falar do “quarto reino” no versículo 23 do capítulo 7, suas
próximas palavras fazem referência aos 10 chifres.
“Quanto aos dez chifres, daquele mesmo reino se
levantarão dez reis; e depois deles se levantará outro, o qual será
diferente dos primeiros, e abaterá a três reis.” (Daniel 7.24)
Mais uma vez: Se Roma não for o quarto animal (Daniel 7) ela também não pode
ser as pernas e pés da estátua (Daniel 2). Mas se a cabeça da estátua é Babilônia,
Roma tem que ser o quarto reino.
Tudo que temos visto até agora evidencia que as profecias finais envolverão não
nações das Américas (pelo menos não diretamente), nem nações do extremo oriente
(Índia, Japão, China, etc.), nem nações de toda a Europa (a menos que se tornem
um só reino), mas sim, as mesmas nações e povos que, durante séculos tiveram
como palco de guerra o Mar Grande (Mediterrâneo), e foram diretamente
envolvidas com o povo de Deus na Bíblia.
(Trecho retirado do livro “UM DETETIVE INVESTIGA A BESTA”, de Moacir Junior)