A Humanidade vive hoje na
expectativa de uma destruição nuclear, pois os arsenais disponíveis já são
suficientes para se destruir dezenas de planetas iguais ao nosso, de uma só
vez.
É
incrível que não faz nem 100 anos que o homem descobriu esse terrível poder de
destruição em massa. A
razão para ninguém mais conseguir dormir em paz é que a tecnologia da
destruição está avançando na mesma proporção em que a maldade humana cresce.
Pense na pior das armas nas mãos do pior dos homens e o cenário do pesadelo estará
completo.
Qualquer
guerra pode começar quando menos se espera. A Primeira Guerra Mundial começou
com um assassinato. Imagine! Aparentemente, um simples assassinato, colocou,
dentro de pouco tempo, todo mundo em perigo.
Um
documentário de uma TV americana explicou: “Quando o cocheiro do arquiduque
[Francisco Ferdinando, da Áustria] entrou na rua errada, o herdeiro do trono
austríaco viu-se face a face com Gavrilo Princip [seu assassino]. Num átimo,
todo o continente estava em guerra.” (Citado em O CÓDIGO DA BÍBLIA, editora
Cultrix, 1997).
Esse
assassinato (ocorrido em 28 de junho de 1914), é aceito por todos os
historiadores como o estopim que fez iniciar a Primeira Guerra Mundial. A morte
violenta do herdeiro do trono austríaco provocou uma reação em cadeia. Ainda
citando o documentário da TV americana PBS: Um historiador da Oxford,
entrevistado no programa, disse que o assassinato do arquiduque deflagrou não
só a guerra como também levou à Revolução Russa, em 1917.
A
produção do programa levantou uma questão: o que teria acontecido se a
carruagem do arquiduque tivesse virado à direita em vez de virar à esquerda, ou
seja, se não tivesse passado pela rua em que estava o nacionalista sérvio?
Se
o caminho do arquiduque não tivesse cruzado com o do assassino, provavelmente
as coisas teriam ocorrido de uma forma diferente. Mas veja o que aqueles
disparos provocaram, nas palavras do documentário:
“Em
28 de julho de 1914, a
Áustria declarou guerra à Servia. Mas uma guerra entre a Áustria e a Servia
significava guerra entre a Áustria e a Rússia. Isso significava guerra entre a
Rússia e a Alemanha. E isso significava guerra entre a Alemanha e a França. E isso significava guerra entre a
Alemanha e a Grã-Bretanha. Num átimo,
todo o continente estava em guerra.”
Os
físicos chamam a isso de “Efeito Borboleta”. É um dos fundamentos da popular
Teoria do Caos (mais informações, faça uma pesquisa básica na Wikipédia). Em
resumo, significa que uma pequena mudança num cenário, a simples alteração de
um objeto de um lugar, pode levar a resultados inimagináveis.
Uma
antiga cantiga infantil dá um claro exemplo desse “Efeito Borboleta”:
Por falta
de um prego, a ferradura se perdeu;
Por falta
de uma ferradura, o cavalo se perdeu;
Por falta
de um cavalo, o cavaleiro se perdeu;
Por falta
de um cavaleiro, a batalha se perdeu;
Por falta
de uma batalha, o reino se perdeu!
Muitas
vezes vemos em filmes sobre viagem no tempo que um dos personagens faz uma
pequena alteração no passado e todo o futuro se altera.
Isso
provoca calafrios, mas é a pura verdade. A viagem no tempo? Não. Uma pequena
mudança que pode provocar uma grande revolução. O que poderia ter acontecido,
por exemplo, se a mãe de Hitler tivesse abortado? Será que a Segunda Guerra
poderia ter sido evitada? Será que a não-existência de Hitler impediria a
existência do Holocausto?
Um
dos pensamentos populares relacionados a esse tipo de coisa diz: “Pequenos
gestos poderão provocar grandes mudanças.”
O
que o Efeito Borboleta tem a ver com a profecia, especialmente a profecia
bíblica?
As
Sagradas Escrituras garantem que Deus vigia o cumprimento de Suas Palavras
(Jeremias 1.11,12). Podemos pensar que para Deus cumprir Suas Palavras precisa
mover céus e terra, provocar terremotos, ciclones, etc. Mas, acreditem, trocar
uma simples cadeira de lugar pode provocar mudanças mais dramáticas do que um
tornado.
Para
exemplificar, gostaria de citar três exemplos retirados diretamente das
impressionantes profecias bíblicas:
01 – E NÃO ERA PRA SOBRAR NENHUM...
No
capítulo 11 de 2 Reis, lemos que a perversa rainha Atália mandou destruir “TODA
A DESCENDÊNCIA REAL DE JUDÁ”. Imagine isso! Um a um, todos os filhos de Judá,
ligados à realeza, foram assassinados. Sabemos que Jesus é da descendência real
de Judá. Se todos os filhos da realeza foram mortos, como provar que Jesus é da
descendência real de Judá, por meio de Davi?
Por
que Deus não impediu esse horrendo massacre? Por que Deus não provocou um
terremoto, mandou fogo do céu ou coisa parecida para proteger a linhagem real?
Mas Deus estava atento. Ele não iria permitir que Suas Palavras caíssem por
terra. Sua ação foi simples e secreta, mas de um efeito devastador para Atália.
Logo
que a matança da família real foi decretada, a Bíblia informa:
“Mas
Jeoseba, filha do rei Jorão, irmã de Acazias, tomou a Joás, filho de Acazias,
furtando-o dentre os filhos do rei, aos quais matavam na recâmara, e o escondeu
de Atália, a ele e à sua ama, de sorte que não o mataram. E esteve com ela
escondido na casa do Senhor seis anos; e Atália reinava sobre o país.” (2 Reis
11.2,3).
Sete
anos depois, o pequeno Joás, com a idade de sete anos, foi ungido rei. Foi uma
tremenda surpresa para Atália, que logo seria executada.
Agora
imagine o que poderia ter acontecido na história sagrada se Joás tivesse sido
assassinado também? No mínimo, Deus teria que mudar seus planos e Satanás teria
alcançado uma vitória, além de ter colocado Deus como um mentiroso. Isso revela
quem realmente estava por trás de Atália, inspirando-a a exterminar a família
real. Alguém queria impedir o nascimento de Jesus, mesmo muitos séculos antes
de sua mãe nascer.
02 – SEM FACEBOOK PRA ENGANAR A
INSÔNIA...
O
clima estava pesado no reino da Pérsia, uns 500 anos antes de Cristo. Sobre os
judeus pairava uma ameaça de morte, comandada pelo perverso Hamã,
primeiro-ministro da Pérsia. Deus não poderia deixar que Seu povo fosse
exterminado. O que Ele deveria fazer? Mandar fogo do céu, terremotos e granizo
para aniquilar os inimigos dos judeus?
Mais
uma vez, O Deus de Israel agiu nos bastidores, em silêncio e sabedoria, usando
uma estratégia surpreendente para começar a mudar os rumos do poderoso império
Persa.
“Naquela
mesma noite fugiu do rei o sono; então ele mandou trazer o livro de registro
das crônicas, as quais se leram diante do rei. E achou-se escrito que Mordecai
tinha denunciado Bigtã e Teres, dois dos eunucos do rei, guardas da porta, que
tinham procurado tirar a vida ao rei Assuero.” (Ester 6.1,2)
O
rei não conseguia dormir. Como não existia televisão ou internet naquela época,
a única solução foi pedir para alguém fazer a leitura das chatas e cansativas
crônicas do reino. O rei só queria dormir.
Mas
o mesmo Deus que providenciou a insônia do rei, também cuidou para que o
secretário pegasse justamente o livro que continha um trecho contando do
momento em que Mordecai,
tio da rainha Ester, havia avisado o rei de uma conspiração e o livrado da
morte. Tremendo!
O
rei mandou chamar Mordecai e a história foi rapidamente alterada. Isso levou,
mais adiante, à salvação da raça judaica no império persa.
03 – UM “IBGE” NA HORA CERTA
Inicio
da Era Cristã. José e Maria estão morando em Nazaré, uma cidadezinha de Israel.
Maria está grávida. Os nove meses estão quase completos. Certamente, não há
tempestade neste mundo que faça esse casal sair de Nazaré num período como
esse. Maria tem que se conformar em ficar quieta em Nazaré. Qualquer
festa em Jerusalém nestes dias pode esquecer José e Maria. Eles não sairão de
Nazaré por nada.
Mas
eles estão se esquecendo de um detalhezinho de grande importância. Maria está
grávida do Messias, o Salvador do mundo. Ele está pra nascer em Nazaré. Mas o profeta
Miquéias, que viveu 800 anos antes, profetizou certa vez:
“Mas
tu, Belém Efrata, posto que pequena para estar entre os milhares de Judá, de ti
é que me sairá aquele que há de reinar em Israel, e cujas saídas são desde os
tempos antigos, desde os dias da eternidade.” (Miquéias 5.2)
Opa!
Que história é essa? Ele está falando do Nascimento do Messias? Espera aí! O
profeta está dizendo que O Menino Rei nascerá em Belém? Belém fica do outro
lado, um pouquinho distante de Nazaré. Se Maria está esperando O Messias, e se
a profecia diz que Ele tem que nascer em Belém, mas Maria está em Nazaré, e sem
um pingo de vontade de fazer uma viagezinha,... É hora da Providência Divina
entrar em ação.
“Naqueles
dias saiu um decreto da parte de César Augusto, para que todo o mundo fosse
recenseado. Este primeiro recenseamento foi feito quando Quirínio era
governador da Síria. E todos iam alistar-se, cada um à sua própria cidade.
Subiu também José, da Galiléia, da cidade de Nazaré, à cidade de Davi, chamada
Belém, porque era da casa e família de Davi, a fim de alistar-se com Maria, sua
esposa, que estava grávida. Enquanto estavam ali, chegou o tempo em que ela
havia de dar à luz, e teve a seu filho primogênito;...” (Lucas 2.1-7a).
Certo
dia, o imperador romano César Augusto levantou-se da cama com uma idéia: “TÁ NA
HORA DE FAZER UM NOVO CENSO, MINHA GENTE!”
E
pra realização desse recenseamento, as pessoas deveriam voltar às suas cidades
de origem. E José e Maria eram de onde mesmo? Belém! A profecia se cumpriu ao
pé da letra.
“Então me disse o
Senhor: Viste bem; porque eu velo sobre a minha palavra para a cumprir.” (Jeremias
1.12)