O BÁSICO PARA VOCÊ ENTENDER O ARQUIVO 7

O BÁSICO PARA VOCÊ ENTENDER O ARQUIVO 7
Tudo que você precisa saber para entender a principal linha de investigação do Arquivo7 - O BÁSICO SOBRE MATEMÁTICA BÍBLICA, SEGUNDO A TESE ARQUIVO 7.

CALCULANDO A VERDADE - A INSPIRAÇÃO DIVINA DA BÍBLIA PROVADA PELA MATEMÁTICA

 

Uma introdução à Matemática Bíblica defendida no Arquivo7, numa exposição bem didática, ideal para quem está entrando em contato com essa tese pela primeira vez ou deseja apresentá-la a algum amigo. 

O "cânon" bíblico está fechado, com 66 livros e 1.189 capítulos, e, neste livro, apresentamos a evidência matemática como prova. 

"Investigue tudo, acredite apenas no que for provado verdadeiro" (paráfrase de 1 Tessalonicenses 5.21)

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domingo, 24 de março de 2013

O PRINCÍPIO DA “AMOSTRA GRÁTIS” NA PROFECIA BÍBLICA


         Uns ensinam que a maior parte do Apocalipse já se cumpriu; outros dizem que o Apocalipse está se cumprindo hoje; e outros acreditam que as profecias do livro das Revelações só serão realizadas futuramente. É possível que as três correntes de pensamentos possam estar certas?

         É do conhecimento geral que a Bíblia é o livro mais publicado do mundo, um dos mais lidos e o que possui o maior número de interpretações conflitantes. Isso acontece especialmente no campo da profecia. Não vou citar aqui as centenas de correntes de interpretações proféticas que tem aparecido ao longo da história da Igreja Cristã, porque poderia nos provocar desânimo e dores de cabeça.

         Quando vemos, por exemplo, tantos livros sobre o Apocalipse, com tantas interpretações diferentes, cada uma com defensores tenazes e grandes eruditos, geralmente escolhemos o caminho mais fácil e cômodo: não dar atenção a nenhum desses livros e esquecer a mensagem do Apocalipse.

         Mas isso não seria nem um pouco cristão. Se o Apocalipse faz parte da Bíblia e se consideramos a Bíblia como a Palavra de Deus, será que Deus não teria nada a nos falar por meio do famoso livro das revelações?

         Se existem tantas interpretações diferentes, como confiar em alguma delas? Cada autor defende, com unhas e dentes, sua interpretação particular, e muitas vezes “detona” as interpretações dos outros estudiosos. Se neste texto vou falar de interpretações, e pretendo apontar a maneira correta de se fazer isso, por que você deveria acreditar em mim? Não seria somente a minha interpretação?

         Bem, num Universo regido por leis e regras, tudo tem suas leis e regras, inclusive a nossa vida. E por que não haveria leis e regras para se interpretar algum texto? Claro que existem e se são verdadeiras então ninguém poderá contestá-las.

         A profecia bíblica é muito interessante e cheia de particularidades. Principalmente porque é a revelação de Deus e Este está além do tempo, além da simples divisão dos tempos, tais como passado, presente e futuro. Para nós, simples mortais, precisamos dividir o tempo a fim de entendermos alguma coisa neste mundo. Só podemos ver o presente, lembrar o passado e conjecturar a respeito do futuro.

         Mas a visão de Deus está além do que possamos imaginar. Ele vê tudo numa só perspectiva (nada de passado ou futuro, somente o presente). Somente Ele pode ver o inicio, o meio e o fim de um filme, tudo ao mesmo tempo.

         Quando as Escrituras Sagradas afirmam que, para Ele, “UM DIA” é a mesma coisa que “MIL ANOS” e vice-versa (2 Pedro 3.8; Salmo 90.4), certamente está apontando para o fato que mencionamos acima. Em outras palavras: se nós só conseguimos enxergar um dia por vez, Ele enxerga tudo de um só golpe.

OLHANDO PARA O FUTURO COMO SE FOSSE PASSADO – UMA ESTRANHA REALIDADE

        De acordo com Isaias 46.10, Deus conhece o fim desde o princípio. Em outras palavras: para Ele, o começo e o fim é uma coisa só. Algumas profecias foram escritas como já tivessem acontecido, como se Deus visse o futuro olhando para o passado. Em Isaias 53, falando sobre o sacrifício de Jesus no Gólgota, o profeta usa várias expressões no passado – embora estivesse falando de coisas que iriam acontecer 700 anos depois.

“Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e carregou com as nossas dores; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido. Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e esmagado por causa das nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas, cada um se desviava pelo seu caminho; mas o Senhor fez cair sobre ele a iniqüidade de todos nós. Ele foi oprimido e afligido, mas não abriu a boca; como um cordeiro que é levado ao matadouro, e como a ovelha que é muda perante os seus tosquiadores, assim ele não abriu a boca.”

Os estudiosos podem dizer que isso é uma forma peculiar da língua hebraica (falar do futuro usando os verbos no passado), mas essa linguagem diz muito sobre a visão de Deus.

DO FIM PARA O PRINCIPIO

A linguagem do profeta Isaías nos leva a pensar que ele está recitando as palavras de alguém que está num futuro além da Morte e Ressurreição de Jesus. Digamos alguém vivendo nos dias atuais, 2013. Hoje podemos olhar para o passado e dizer: “Jesus morreu por mim, levou minhas enfermidades, foi oprimido por causa dos meus pecados, etc.”

Alguns estudiosos acreditam que Isaías 53 é a confissão que um dia o povo de Israel fará quando se converter a Jesus. Bem, mas essa história de ver o fim a partir do começo, ou olhar para o futuro como se estivesse vendo o passado tem muito mais a nos dizer.

O grande tradutor de antigos textos hebraicos, Rabino Adin Steinsaltz, um homem a quem a revista americana TIME descreveu como “erudito como ele, surge um em cada milênio” declarou certa vez que, “na Bíblia o tempo está às avessas”, e explicou que “o futuro é sempre escrito no pretérito perfeito, e o passado é sempre escrito no futuro do presente.” Outra declaração dele causou mais polêmica: “Talvez estejamos nos movendo contra a corrente do tempo” (Citado por Michael Drosnin, em O CÓDIGO DA BÍBLIA, Cultrix, 1997. Págs. 170 e 171). Ele quis dizer que as leis da física são “simétricas no tempo”, ou seja, na linha temporal elas correm tanto para trás quanto para a frente.

Ele afirmou ainda que em Isaias 41.23: “Anunciai-nos as coisas que ainda hão de vir, para que saibamos que sois deuses”, podemos traduzir estas mesmas palavras como “eles revelaram o futuro de trás para diante”. Isso faria sentido à luz do que estamos estudando? Claro que faz.

Mas o que essa conversa toda tem a ver com o título deste texto? Albert Einstein disse uma vez: “A distinção entre passado, presente e futuro é só uma ilusão, ainda que persistente.”

PARA QUEM A BÍBLIA FOI ESCRITA?

Qualquer pessoa poderá responder: Para toda a Humanidade, em todas as épocas. Será que essa mesma resposta valeria se perguntássemos: Para quem foi escrito o Apocalipse?

 “Revelação de Jesus Cristo, que Deus lhe deu para mostrar aos seus servos as coisas que brevemente devem acontecer; e, enviando-as pelo seu anjo, as notificou a seu servo João; o qual testificou da palavra de Deus, e do testemunho de Jesus Cristo, de tudo quanto viu. Bem-aventurado aquele que lê e bem-aventurados os que ouvem as palavras desta profecia e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo.” (Apocalipse 1.1-3, negritos meus)

         O livro das Revelações foi dedicado à todos os servos de Jesus, portanto para a Igreja em todas as épocas. Mas, se certos eventos, talvez a maioria das profecias só serão cumpridas num futuro ainda distante, qual a “graça” de se estudar essas predições hoje? Se iria demorar mais de 2000 anos até vermos o principio do cumprimento dessas coisas, que sentido faria para os primitivos cristãos?

         Temos informações de que o Apocalipse era freqüentemente lido na Igreja Primitiva, consolando os cristãos diante das perseguições. João, o vidente do Apocalipse refere-se aos companheiros de martírio de sua época quando diz: “Eu, João, irmão vosso e companheiro convosco na aflição, no reino, e na perseverança em Jesus, estava na ilha chamada Patmos por causa da palavra de Deus e do testemunho de Jesus.” (Apocalipse 1.9).

         Certamente os cristãos da época de João interpretavam o Apocalipse à luz da situação político-religiosa deles. Para eles o Anticristo, a Besta era o imperador romano. Muitas passagens de Apocalipse fazem sentido quando aplicadas ao contexto de perseguição religiosa naqueles tempos. Mas, tendo em vista que muitas peças proféticas não se encaixaram com os acontecimentos da época de João, só haveria duas conclusões razoáveis: ou a interpretação popular do Apocalipse estava errada, ou aquelas profecias apontavam para um tempo ainda distante.

         Em muitos momentos na história do Cristianismo, houve períodos em que parecia que o Apocalipse tinha chegado. As principais peças do quebra-cabeça profético pareciam estar se encaixando: havia alguém parecido com o Anticristo, havia uma organização religiosa parecida com a Babilônia de Apocalipse 17, havia alguns conflitos políticos semelhantes aos conflitos citados no livro das Revelações, havia algum sinal estranho nos céus, havia alguma grande catástrofe na natureza, havia alguma perseguição contra os cristãos, etc. Mas ainda não era a hora do Apocalipse. Pergunta-se: Mas por que muitos eventos pareciam se encaixar com as profecias bíblicas?

         Na 2.ª Guerra Mundial, Hitler parecia preencher todos os requisitos para assumir o papel do Anticristo. Seu ódio aos judeus se encaixava como uma luva. Mas logo depois ele também saiu de cena e muitos cristãos, que aguardavam o breve Retorno de Cristo, ficaram frustrados.

         Mas, afinal, o Apocalipse já se cumpriu, está se cumprindo hoje, ou somente se cumprirá futuramente?

AS “AMOSTRAS GRÁTIS” DO APOCALIPSE

         Lemos em Apocalipse 1.19: “Escreve, pois, as coisas que tens visto, e as que são, e as que depois destas hão de suceder.” As visões proféticas de João são classificadas em três grupos:

         a) As que tens visto (passado);
         b) As que são (presente);
         c) As que depois destas hão de suceder (futuro).
         
      Alguns teólogos sugerem que as visões do passado referiam-se ao encontro de Jesus com João no capítulo 1 do seu livro; as visões do presente teriam relação com as mensagens enviadas às 7 Igrejas da Ásia Menor; e as visões futuristas seriam todas a partir do capítulo 4. Parece ter sentido, mas acredito que o significado é outro. Creio que todo o conteúdo do Apocalipse tem o seu devido valor em todas as épocas do Cristianismo, nas três divisões do tempo. A isso costumo chamar de principio da “amostra grátis”.

         Em todas as épocas do Cristianismo existiram igrejas com o perfil das 7 citadas em Apocalipse, embora em cada época houvesse o predomínio de uma. Exemplo: Atualmente podemos encontrar igrejas frias (Éfeso), perseguidas (Esmirna), envolvidas com o Estado (Pérgamo), idólatras (Tiatira), mortas (Sardes), avivadas (Filadélfia) e materialistas (Laodicéia), sendo que os tipos de igrejas parecidas com Laodicéia parecem ser as mais dominantes hoje (especialmente no Ocidente, com a famigerada Teologia da Prosperidade).

         Assim, a mensagem das 7 cartas sempre foram atuais, em todas as épocas da Igreja. Várias vezes Jesus se apresenta em Apocalipse como “Aquele que Era, que É, e que há de vir” (Apocalipse 1.4, 8; 8.4). Até a Besta parece querer copiar isso, pois a Bíblia diz que ela “era, não é, está para subir do abismo” (Apocalipse 17.8).

         Mas permitam-me explicar melhor o que quero dizer com essa curiosa expressão “amostra grátis das profecias”.

         As profecias bíblicas costumam apresentar pré-cumprimentos, ou seja, um cumprimento parcial de algo que terá de acontecer futuramente. Isto é, uma “amostra grátis” das coisas que ainda irão acontecer. Vejamos, resumidamente, alguns exemplos:

         a) Os profetas falaram muito sobre o Dia do SENHOR, um dia de julgamentos sobre o mundo, quando Jesus voltar. Muitas vezes, quando a nação de Israel pecava contra Deus e era atacada por nações estrangeiras, era como se o Dia do Senhor tivesse chegado. Quando os profetas anunciavam a chegada do fim para Israel (Ezequiel 7), isso indicava a invasão iminente de uma poderosa nação inimiga, mas ao mesmo tempo apontava para a pior angústia de Israel no fim dos tempos (Sofonias 1).
         b) A destruição da Babilônia de Nabucodonosor foi ao mesmo tempo uma amostra grátis da destruição da futura Babilônia anticristã – Isaias 13; Jeremias 50 e 51; Apocalipse 18. Quando os profetas falam da queda da Babilônia, estão apontando para a última cidade na terra, que desafiará a Deus, antes do Retorno de Cristo. Mas o espírito dessa Babilônia rebelde tem soprado na terra desde os tempos antigos, especialmente desde Babel. E todas as cidades pecaminosas destruídas por Deus no decorrer da História têm sido, apenas, amostras grátis de uma Babilônia maior. Ou seja, sombras de BABILÔNIA, A GRANDE!
         c) Antes da 1.ª Vinda de Jesus, muitos homens santos parecidos com Ele (Moisés, Elias, João Batista, etc.) andaram na terra. Muita gente perguntou para João Batista: “ES TU O MESSIAS?” (João 1.19-21). Eles eram, por assim dizer, uma AMOSTRA GRÁTIS DE JESUS. A Bíblia chama isso de “SOMBRAS DAS COISAS FUTURAS” (Colossenses 2.16-17).
         d) Antes da vinda do verdadeiro Anticristo, muitos Anticristos irão se levantar (1 João 2.18): A História comprova que a lista é grande: Nero, Napoleão, Stalin, Hitler, Saddam Hussein, Osama Bin Laden, etc.
         O livro de Daniel contém muitas profecias sobre o Anticristo, mas que durante os séculos foram aplicadas a outros indivíduos que pareciam demais com aquele que a Bíblia chama de “A Besta”.
         Um exemplo: Em Daniel 8 fala de um “chifre pequeno” que vai perseguir os judeus e profanar o Templo. Alguns séculos depois, surgiu um psicopata chamado “Antíoco Epifânio”, que fez exatamente o que a profecia falava. O que levou muitos a acreditarem (e ainda hoje tem quem acredite) que a profecia de Daniel 8 se cumpriu totalmente no sanguinário rei da Síria. Mas no mesmo capítulo existem expressões tais como “TEMPO DO FIM”, o que leva a profecia para aquele período da História que costumamos chamar de FIM DOS TEMPOS, O TEMPO DO APOCALIPSE.
         Portanto, Antíoco Epifânio foi uma “amostra grátis” do Anticristo. Na Teologia se diz que ele foi um “tipo” do Anticristo. Ninguém de juízo normal poderá contestar isso.
         e) Até o derramamento do Espírito Santo sobre os cristãos atualmente não passa de uma “AMOSTRA GRÁTIS” do futuro derramamento, quando Deus restaurar todas as coisas. Uma simples diferença nas palavras de Pedro, no dia de Pentecostes, ao citar a profecia de Joel, prova isso.
         Em Joel 2.28 está escrito: “Acontecerá depois que derramarei o meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos anciãos terão sonhos, os vossos mancebos terão visões;”
         Mas, o apóstolo Pedro, ao citar a profecia de Joel, disse o seguinte: “E acontecerá nos últimos dias, diz o Senhor, que derramarei do meu Espírito sobre toda a carne; e os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, os vossos mancebos terão visões, os vossos anciãos terão sonhos;”
         Pedro não estava afirmando que a profecia de Joel havia se cumprido naquele dia de Pentecostes, mas que aquilo FAZIA PARTE DO CUMPRIMENTO. Observem:
         Joel 2.28: “... derramarei O meu Espírito sobre toda a carne...”
         Pedro, citando Joel em Atos 2.17: “...derramarei DO meu Espírito sobre toda a carne...”.
         Derramar O Espírito é o derramamento total; derramar DO Espírito é um derramamento PARCIAL, pois é claro que, nem no dia de Pentecostes de Atos 2, nem em nenhuma outra época da Igreja Cristã, o Espírito de Deus foi derramado sobre “TODA A CARNE”.
         Mas haverá um dia em que “...a terra se encherá do conhecimento do Senhor, como as águas cobrem o mar” (Isaias 11.9), e “... se encherá do conhecimento da glória do Senhor, como as águas cobrem o mar” (Habacuque 2.14).
         f) Em Isaias 53.4 diz que Jesus “... tomou sobre si as nossas enfermidades, e carregou com as nossas dores;...”. Isso é verdade? Claro que é. Mas, se Jesus já carregou com as nossas dores, por que ainda adoecemos e morremos?
         Apesar dessa profecia ser provocadora de muitos debates e polêmicas, a questão pode ser bem simples: Se nosso corpo ainda está sujeito à morte é evidente que ainda vive à mercê de toda espécie de doenças. Mas, se as palavras de Isaías garantem que Jesus já levou nossas doenças, só existe uma resposta convincente: Nossa vitória está garantida, mas ainda não tomamos posse dela. Isto só acontecerá quando a morte for destruída, e nosso corpo mortal “se revestir da imortalidade” (I Coríntios 15.54).
         É como se as palavras do profeta Isaías fossem pronunciadas por alguém vivendo nos tempos da Restauração de todas as coisas. Observe que o profeta usa o verbo no passado: “TOMOU sobre si as nossas enfermidades, e CARREGOU com as nossas dores;” É o que alguém contará sobre Jesus quando estivermos vivendo no Reinado Dele na terra.
         O que tudo isso tem a ver com “amostra grátis”? É que atualmente muitas pessoas são curadas, através da fé no Nome de Jesus. Mas nem todo mundo é curado, e essas curas não impedem que a pessoa morra mais adiante, pois são apenas “AMOSTRAS GRÁTIS” do poder de Deus sobre as doenças.
         g) Quando a Igreja Cristã age realmente como a Agência de Deus na terra, restaurando os perdidos, curando os enfermos, sarando as almas, e edificando o mundo, está dando uma AMOSTRA GRÁTIS do que será o futuro Reino de Deus na terra, quando Jesus voltar. Infelizmente, essa amostra grátis está ficando muito rara em nossos dias.
CONCLUINDO...

         Na época de João já havia “muitos Anticristos” (1 João 2.18), o espírito dele já soprava (1 João 4.1), o “mistério da iniqüidade” já operava (2 Tessalonicenses 2.7) e já havia uma ameaçadora “Babilônia” (1 Pedro 5.13). Ou seja:
         Cada época tem o seu rei Acabe, sua perversa rainha Jezabel e uma testemunha de Deus tal como o profeta Elias;
      Cada época tem o seu Nabucodonosor, uma imagem para ser adorada e uma fornalha ardente para “acolher” os filhos de Deus que lutarem contra o sistema;
      Cada época tem o seu César, e uma arena para receber os cristãos que se recusarem a adorar o imperador;
      Cada época tem o seu Anticristo, a sua Babilônia, e um povo de Deus sendo perseguido;
         Um pensamento que resume e explica tudo o que vimos aqui pertence ao famoso filósofo Lord Bacon, que disse:
“As profecias divinas floresceram e germinaram realizações ao longo de muitas épocas, embora a altura ou plenitude delas possa pertencer a certa época." 

         Sir Robert Anderson em sua monumental obra “O Príncipe que há de vir”, citou o seguinte parágrafo onde o pensamento de Lord Bacon é mais detalhado:

"A natureza desse trabalho deve ser que toda profecia das Escrituras seja ordenada com o evento que a cumpriu, em todas as épocas, para melhor confirmação da fé e para a melhor iluminação da Igreja que estuda aquelas partes das profecias que ainda não foram cumpridas; permitindo, porém, aquela atitude com a qual se pode concordar e que é familiar nas profecias divinas; dada a natureza de seu Autor, para quem mil anos são como um dia e, portanto, não são cumpridas pontualmente de uma só vez, mas florescem e germinam cumprimentos ao longo de muitas épocas, embora possam se referir a alguma outra época."
         Bem, acredito que ficou muito claro o que quero dizer quando falo de “AMOSTRA GRÁTIS DA PROFECIA”. Em nossos dias estão acontecendo coisas demais relacionadas às profecias bíblicas, e muitas pessoas, apressadas, chegam a dizer que tal profecia já se cumpriu, etc. Por exemplo, alguns acham que os famosos Quatro Cavaleiros do Apocalipse já estão cavalgando na terra. Parece que sim, mas como muita coisa não se encaixa ainda completamente, o que estamos vendo atualmente podem ser apenas AS SOMBRAS desses cavaleiros sinistros. O CONCRETO ainda virá.
         Se Jesus não está preso às divisões do tempo, Ele é o mesmo “ontem, hoje e o será eternamente” (Hebreus 13.8), “Aquele que Era, que É e que há de vir” (Apocalipse 1.4), e se as profecias são a expressão do seu pensamento, elas também não estão sujeitas ao tempo, mas se aplicam a todas as épocas, ressalvando-se que um dia elas se cumprirão plenamente, e só então: “havendo profecias, serão aniquiladas” (1 Coríntios 13.8).
         O Messiânico Salmo 2.º se cumprirá plenamente quando Cristo voltar, enfrentar os reis da Terra na Guerra de Armagedom e implantar o Seu Reino (Apocalipse 19).
         Mas em Atos 4, esse Salmo é citado pelos apóstolos e é relacionado com a presente situação deles, diante das ameaças das autoridades judaicas e romanas. Em nenhum momento se diz ali que a profecia do Salmo tinha se cumprido naquela ocasião, mas foi citado porque havia semelhanças com a situação da época, uma “amostra grátis”.
         O fato é que, enquanto uma profecia bíblica não alcançar a sua plenitude (o completo cumprimento), haverá inúmeras realizações parciais dela.
“E temos ainda mais firme a palavra profética à qual bem fazeis em estar atentos, como a uma candeia que alumia em lugar escuro, até que o dia amanheça e a estrela da alva surja em vossos corações; sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação. Porque a profecia nunca foi produzida por vontade dos homens, mas os homens da parte de Deus falaram movidos pelo Espírito Santo.”
(2 Pedro 1.19-21)

Moacir R. S. Junior – morganne777@hotmail.com