O BÁSICO PARA VOCÊ ENTENDER O ARQUIVO 7

O BÁSICO PARA VOCÊ ENTENDER O ARQUIVO 7
Tudo que você precisa saber para entender a principal linha de investigação do Arquivo7 - O BÁSICO SOBRE MATEMÁTICA BÍBLICA, SEGUNDO A TESE ARQUIVO 7.

CALCULANDO A VERDADE - A INSPIRAÇÃO DIVINA DA BÍBLIA PROVADA PELA MATEMÁTICA

 

Uma introdução à Matemática Bíblica defendida no Arquivo7, numa exposição bem didática, ideal para quem está entrando em contato com essa tese pela primeira vez ou deseja apresentá-la a algum amigo. 

O "cânon" bíblico está fechado, com 66 livros e 1.189 capítulos, e, neste livro, apresentamos a evidência matemática como prova. 

"Investigue tudo, acredite apenas no que for provado verdadeiro" (paráfrase de 1 Tessalonicenses 5.21)

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quinta-feira, 25 de abril de 2013

A SIMETRIA E A PROFECIA – PARTE 2


 
“A exposição das tuas palavras dá luz; dá entendimento aos simples. (...) A soma da tua palavra é a verdade, e cada uma das tuas justas ordenanças dura para sempre. (...) Regozijo-me com a tua palavra, como quem acha grande despojo.”
(Salmo 119.130, 160, 162)

QUAL DAS 7 CABEÇAS DA BESTA FALTA EXERCER SEU DOMÍNIO MUNDIAL?

         Na 1.ª parte deste artigo demonstrei que a história do mundo relacionada aos eventos bíblicos (melhor dizendo: relacionada a Israel), está conectada com 7 reinos simbolizados pelas 7 cabeças da Besta: Egito, Assíria, Babilônia, Pérsia, Grécia, Roma e o futuro reino do Anticristo.

         Demonstrei também que os quatro animais de Daniel 7 continuam vivos e ameaçadores hoje, apenas mudaram de nome (e alguns ainda conservam o nome original). Esses quatro animais no passado possuíam (ao todo) 7 cabeças. No futuro, os quatro irão se metamorfosear em apenas um e – claro! – continuarão com as 7 cabeças, mais ameaçadoras do que nunca.

         Outro fato (que até provoca calafrios) é que, com exceção de Roma (ou seja, Itália), todas as 7 cabeças da Besta hoje são dominadas pelo Islamismo.

1 – Egito - Islamismo
2 – Assíria (na atualidade, a Síria) - Islamismo
3 – Babilônia (o atual Iraque) - Islamismo
4 – Pérsia (o atual Irã) - Islamismo
5 – Grécia/Macedônia – parte da população macedônica segue o Islamismo
6 – Roma
7 - ??? – As evidências indicam que esta cabeça também é dominada pelo Islamismo. Mas quem é ela? Quem vai ocupar a cadeira número 7?

Agora um detalhe surpreendente: A 7.ª cabeça da Besta já apareceu antes na História. Como assim? É simples. Se o Quarto Animal tinha a 7.ª cabeça (pois Daniel tinha visto 6 cabeças antes, no leão, urso e leopardo), é biblicamente lógico concluir que, na 1.ª Vinda de Cristo, as 7 cabeças já tinham aparecido na terra. Entretanto, isso não significa que todas as 7 já tenham exercido o domínio mundial. A coisa se complica? Aparentemente sim, mas daqui a pouco se tornará bastante clara.

         Se as profecias bíblicas foram inspiradas pela mesma Mente (ou melhor, pelo mesmo Espírito) elas devem se encaixar perfeitamente em todos os detalhes.

         Na lista de Daniel 7 Roma é a 7.ª cabeça. Mas em Apocalipse 17.10, Roma é o SEXTO reino. Como assim? Daniel 7 revela a identidade das 7 cabeças; Apocalipse 17.10 revela o tempo do domínio mundial de cada uma, ou seja, a ordem cronológica.
         
          “... são também sete reis: cinco já caíram; um existe; e o outro ainda não é vindo; e quando vier, deve permanecer pouco tempo.” (Apocalipse 17.10)
         
         a) “Cinco caíram” (Egito, Assíria, Babilônia, Pérsia e Grécia). Todos oprimiram Israel em maior ou menor grau. Todos dominaram sobre o povo de Deus da Antiga Aliança.

         b) “Um existe” (da 1.ª Vinda de Cristo até agora Roma dominou, oprimiu Israel, entrou em decadência, mas não foi sucedida por nenhum outro reino – todos os que vieram foram apenas extensões ou fragmentos de Roma, tais como o Sacro Império Romano Germânico e até mesmo parte do chamado Império Turco-Otomano, por meio de Constantinopla, uma das divisões de Roma).

         c) “E o outro ainda não é vindo.” – O reino anticristão final, que, apesar de também sair das ruínas do antigo Império Romano, será comandado por uma das 7 cabeças – que não será Roma. Então quem é?

“A BESTA ERA, NÃO É, SERÁ”

“A besta que viste era e já não é; todavia está para subir do abismo, e vai-se para a perdição; e os que habitam sobre a terra e cujos nomes não estão escritos no livro da vida desde a fundação do mundo se admirarão, quando virem a besta que era e já não é, e que tornará a vir. (Apocalipse 17.8)

“A besta que era e já não é, é também o oitavo rei, e é dos sete, e vai-se para a perdição.” (Apocalipse 17.11)

Em que sentido a Besta era, não é, será? Sete coisas precisam ser ditas aqui:

a) Várias vezes Jesus se apresenta em Apocalipse como “Aquele que Era, que É, e que há de vir” (Apocalipse 1.4, 8; 4.8). A Besta parece querer copiar isso, pois a Bíblia diz que ela “era, não é, está para subir do abismo” (Apocalipse 17.8).

b) Jesus afirma: “Eu sou o que vivo; fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre! e tenho as chaves da morte e do inferno.” (Apocalipse 1.18). Podemos dizer que Jesus (como Homem) era (estava vivo), não é (morreu) e tornou a ser (ressuscitou). Mas a Bíblia nunca diz que Ele “não é”, porque Ele como Deus não morre.

c) “Nisto vi, entre o trono e os quatro seres viventes, no meio dos anciãos, um Cordeiro em pé, como havendo sido morto,...” (Apocalipse 5.6). Jesus foi ferido de morte e ressuscitou. Existem exemplos demais provando que Satanás é o grande pirata de Deus. Ele, o dragão, faz as imitações com tanta perfeição que, muitas vezes, os homens são levados a pensar que certas coisas são do diabo, quando, na verdade, o verdadeiro Criador foi Deus. O inimigo apenas manipulou, pirateou, plagiou. Martinho Lutero disse uma vez que Satanás é o “macaco de Deus”, ou seja: o grande imitador de Deus.

d) Na Bíblia encontramos muitos exemplos dessa imitação grotesca:

A BESTA E O CORDEIRO

01 – Os servos de Deus são selados – a Besta também sela os seus – Apocalipse, caps. 7 e 13;

02 – O Cordeiro foi morto, mas vive – a Besta é ferida e restaurada – Apocalipse, caps. 5 e 13;

03 – O Cordeiro é adorado – a Besta reivindica adoração – Apocalipse, caps. 4, 5 e 13;
04 – Um mensageiro prepara o caminho de Cristo – um mensageiro prepara o caminho do Anticristo – Apocalipse 13.11;

05 – Cristo é apresentado montado num cavalo branco – a Besta também – Apocalipse, caps. 19  e 6;

06 – O Cordeiro tem 7 olhos e 7 chifres – a Besta tem 7 cabeças (portanto, 14 olhos) e 10 chifres – Apocalipse, caps. 4, 5 e 13;

07 – O Cordeiro = Aquele que É, que Era e que Há de vir - a Besta = Era, não é, está para subir do abismo – Apocalipse, caps. 1º e 17;

08 – O Cordeiro tem uma noiva – a Besta também – Apocalipse, caps. 21 e 17;

09 – O Cordeiro faz parte de uma Trindade (Mateus 28.19); a Besta também (Apocalipse 16.13);

10 - Jesus é a luz do mundo – mas Satanás se disfarça em anjo de luz (João 8.12; 2 Coríntios 11.14)

e) Não tenho dúvida nenhuma de que a Besta simulará a Ressurreição de Cristo. Lemos em Apocalipse 13.3: “Também vi uma de suas cabeças como se fora ferida de morte, mas a sua ferida mortal foi curada. Toda a terra se maravilhou, seguindo a besta,...”. Assim como o Cordeiro de Deus foi ferido de morte e sua ferida foi curada, o mesmo acontecerá com a Besta. A diferença é que, no caso de Jesus, foi real. Na Besta será uma “operação do engano”, uma ilusão mortal.

         f) Mas essa “ferida mortal curada” refere-se somente à falsa morte da Besta? Evidentemente não. A razão é simples: A Besta não é somente um ser, é um reino. É por isso que as cabeças ora são chamadas de “reis” e também de “reinos”. “Estes grandes animais,... são quatro reis,... O quarto animal será um quarto reino na terra...” (Daniel 7.17,23). É biblicamente lógico concluirmos que a Besta simboliza duas coisa: o rei e o reino. E se o rei será ferido de morte e restaurado, o reino também.

         g) Pela lógica das evidências apresentadas, podemos concluir seguramente:

         1 – A Besta (pessoa) era, não é, será. Será ferida de morte, e voltará da morte.
        
         2 – A Besta (reino) era, não é, será. Um reino que já apareceu antes, desapareceu por uns tempos e voltará (e desta vez mais poderoso do que nunca).

         Mas esse “era, não é, será” possui um significado tríplice. E o terceiro é muito sinistro.

“A BESTA ERA, NÃO É, ESTÁ PARA SUBIR DO ABISMO”

         “... a besta que sobe do abismo... A besta que viste era e já não é; todavia está para subir do abismo,...” (Apocalipse 11.7, 17.8).

         Jesus era não somente Homem, mas também Deus. Ou seja, Ele tem duas naturezas. Satanás não poderia deixar também de “piratear” isso. Aparentemente a Besta terá duas naturezas: uma humana e outra demoníaca. A razão é simples: no abismo não existe nenhum humano, somente anjos caídos e demônios (Apocalipse 9, Judas 6, 2 Pedro 2.4). Logicamente, a Besta será um anjo ou um demônio (E existem diferenças entre anjos e demônios? Claro. Mas não iremos falar disso aqui, este texto já está grande demais).

         Nesse ponto vou transcrever um comentário de um amigo meu (Marcelo Oliveira), que muito me ajudou na montagem deste quebra-cabeças:

         “Quanto a besta em si, que era e já não é e está para subir do abismo, se trata de um anjo caído, afinal no abismo só se encontram dois tipos de seres, anjo caídos e demônios. E nenhum deles é humano. Logo, sabemos se tratar de anjo caído, pois tais anjos eram (existiam) nos dias de Noé, não existem mais (nos dias de João e ainda não existiam nos dias da sexta cabeça) e voltarão do abismo para se juntar ao chamado Anticristo (pelo menos um anjo caído se juntará), que é quando esse ser humano será curado da ferida de morte, revitalizado por tal anjo. Ou seja, teremos um nefilim moderno [palavras não estão negritadas no original].”

         Nefilim? Se Isto é novidade pra você, faça uma pesquisa básica na internet. Qualquer dia desses, trataremos exclusivamente desse tema.

DE VOLTA DO TÚMULO

         Tudo se torna claro, e as peças da profecia continuam obedecendo ao principio da Simetria. Agora voltando ao que escrevi anteriormente, onde afirmei que a Besta também representa “Um reino que já apareceu antes, desapareceu por uns tempos e voltará (e desta vez mais poderoso do que nunca)”.

A pergunta é: Qual reino já apareceu antes na História, desapareceu por uns tempos e voltará ainda mais poderoso?

         Todas as 7 cabeças da Besta (menos uma) já governaram mundialmente num certo período da História e oprimiram Israel. Já vimos bastante a lista das cabeças que dominaram o mundo. Mas até agora uma delas, apesar de já ter sentido o gostinho do domínio mundial, não exerceu nenhuma opressão sobre Israel.

         Se as cabeças são 7, e isto simboliza 7 reinos; se, na visão de Daniel 7, Roma era a 7.ª cabeça, e ela era o SEXTO reino mundial já na 1.ª Vinda de Cristo, tem alguma coisa errada. Uma das cabeças esteve viva no passado, e vive até agora, mas ainda não cumpriu o papel que a ela foi destinado. Quem é ela?

         - Se o Egito já exerceu o domínio como potência mundial e oprimiu Israel;

         - Se a Síria (por meio do império Assírio) também já teve sua vez como potência única e oprimiu Israel;

         - Se a Babilônia chefiou o mundo durante certo tempo e entrou para a História por ter destruído Jerusalém, o Templo israelita e levado os judeus para o cativeiro;

         - Se a Pérsia também exerceu seu domínio mundial e tentou eliminar os judeus (no tempo da rainha Ester);

         - Se a Grécia foi uma potência mundial e impôs sua cultura sobre a cultura judaica;

         - Se Roma também destruiu Jerusalém e o Templo, e expulsou os judeus de sua terra;

         Afinal, quem está faltando para completar sua missão?

         É só olhar a lista das 7 cabeças em Daniel 7. Ela dominou um pequeno território no passado (antes de Roma), mas não exerceu papel importante em relação a Israel (e tudo gira em torno de Israel). Ela é uma das quatro cabeças do LEOPARDO.
        
         Espera aí! Se as quatro cabeças do Leopardo (Grécia) são Macedônia (ligada à própria Grécia), Egito, Síria (por meio do império Selêucida), a última cabeça é... o pequeno reino conhecido como Ásia Menor, ou Trácia, que ficou no comando do general Lísimaco, um dos quatro de Alexandre Magno.

         Ásia Menor? Trácia? Esses nomes não lhe dizem nada? E que tal chamá-los pelo seu nome atual, TURQUIA?

O ASSUSTADOR PAPEL DA TURQUIA NOS TEMPOS FINAIS

         De todas as 7 cabeças somente a Turquia ainda não teve um papel relevante em relação aos eventos bíblicos e Israel. Na verdade, em Daniel, existem muitas referências proféticas às outras cabeças. Os capítulos 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9 e 10 falam de Babilônia, Pérsia, Grécia e Roma. O capítulo 11 fala das guerras entre o Egito e a Síria. Mas sobre a Turquia paira um silêncio inquietante.

         Com a divisão do Império Romano em duas partes, e Constantinopla ficando como capital do Oriente, a Turquia teve seu momento de celebridade. Mais tarde, com o surgimento do Império Turco-Otomano, o nome da Turquia (e dos turcos) ficou ainda mais famoso – mais nada que mostrasse relação direta com as profecias bíblicas.

         Há anos a Turquia tenta se tornar membro da União Européia. Observe o parágrafo abaixo:

         “A Turquia fez o seu pedido de adesão à União Europeia (UE) a 14 de Abril de 1987. Desde 1963 (altura em que assinou o Acordo de Ancara) que a Turquia e tem tentado desenvolver relações mais estreitas, primeiro com a CEE (Comunidade Econômica Européia) e depois com a sua sucessora, a União Européia. Em 1995 a Turquia assinou um acordo de união aduaneira com a UE e a 12 de Dezembro de 1999 foi reconhecida oficialmente como candidata. A 3 de Outubro 2005 foram iniciadas as negociações formais para a plena adesão da Turquia à UE. Mas é provável que demorem, pelo menos, dez anos a estar completas, principalmente devido a entraves por parte de alguns líderes europeus.” (Veja mais detalhes no verbete “Adesão da Turquia à União Europeia, na Wikipedia).

         Mas como a Turquia poderia se erguer na liderança de um império mundial que, inclusive, ameaçará exterminar Israel? A resposta vem dos capítulos 38 e 39 de Ezequiel. Sempre achei estranhas as centenas de interpretações que colocam a Rússia como o grande inimigo que vai tentar destruir Israel no final dos tempos. A razão é simples: Isso não se encaixava com nenhuma outra guerra citada na Bíblia. Eu me perguntei durante anos: Como é possível que dois capítulos (ao todo 52 versículos) sejam usados na Bíblia para falar de um acontecimento isolado? Mas como provei na primeira parte deste artigo, as evidências indicam que Gogue é o Anticristo e Magogue (mesmo que possa envolver também a Rússia) é o Reino do Anticristo. Para compreender melhor isso, vamos voltar ao Gênesis.

A RELAÇÃO ENTRE OS FILHOS DE NOÉ E O ARMAGEDOM

         Nenhuma palavra está na Bíblia para preencher espaço, nenhuma lista é citada para completar um livro, nenhum detalhe é adicionado para enfeitar uma história. Tudo que encontramos nas Sagradas Escrituras tem uma razão de ser. As genealogias são cansativas, mas podemos aprender muito com elas... inclusive sobre profecias.

         E, se tratando de profecias bíblicas, o fim só pode ser compreendido plenamente se dermos atenção ao principio. Na maioria das vezes, para se entender o Apocalipse precisamos voltar ao Gênesis.

         A Humanidade atual é proveniente de 3 troncos, 3 filhos de Noé:

         “Estas, pois, são as gerações dos filhos de Noé: Sem, Cam e Jafé, aos quais nasceram filhos depois do dilúvio.” (Gênesis 10.1)

a) Jafé gerou 7 filhos:
“Os filhos de Jafé: Gomer, Magogue, Madai, Javã, Tubal, Meseque e Tiras.” (Gênesis 10.2)

b) Cam gerou 4 filhos:
“Os filhos de Cam: Cuche, Mizraim, Pute e Canaã.” (Gênesis 10.6)

c) Sem gerou 5 filhos:
“Os filhos de Sem foram: Elão, Assur, Arfaxade, Lude e Arão.” (Gênesis 10.22)

         À luz da Arqueologia e História, alguns fatos são por demais evidentes:

         1 – Os descendentes de Jafé povoaram a Europa e norte da Ásia;
         2 – Os descendentes de Sem povoaram boa parte do Oriente Médio e da Ásia;
         3 – Os descendentes de Cam povoaram a África e parte do Oriente Médio.

         Portanto, a grande maioria dos africanos descende de Cam. Sim, e daí?

         Aí alguns deduzem: Se Noé amaldiçoou seu filho Cam, e os africanos descendem de Cam, biblicamente é correto afirmar que a maldição noética caiu sobre os africanos. Entretanto, existe um detalhe importantíssimo que, incrivelmente, escapa a muitos estudiosos: Noé não amaldiçoou seu filho Cam, mas Canaã, o filho de Cam.

         “Despertado que foi Noé do seu vinho, soube o que seu filho mais moço lhe fizera; e disse: Maldito seja Canaã; servo dos servos será de seus irmãos.” (Gênesis 9.24,25)

         Por que Noé preferiu amaldiçoar um dos filhos de Cam e não o próprio Cam é um mistério. Mas a verdade é essa: Quem recebeu a maldição foi Canaã!

         Examinando a descendência de Canaã compreendemos a exatidão da profecia de Noé:
         “Canaã gerou a Sidom, seu primogênito, e Hete, e ao jebuseu, o amorreu, o girgaseu, o heveu, o arqueu, o sineu, o arvadeu, o zemareu e o hamateu. Depois se espalharam as famílias dos cananeus. Foi o termo dos cananeus desde Sidom, em direção a Gerar, até Gaza; e daí em direção a Sodoma, Gomorra, Admá e Zeboim, até Lasa.” (Gênesis 10.15-19). O amaldiçoado Canaã teve 11 filhos.

         Está claro, portanto, que os filhos de Canaã povoaram parte do Oriente Médio e não a África.

         Durante boa parte da história bíblica (Antigo Testamento) houve conflitos entre Israel e os cananeus e seus descendentes.

          Bem, depois de esclarecermos os detalhes da famosa “maldição de Noé”, vejamos a relação disso tudo com a próxima guerra mundial.

         Qualquer futura guerra mundial terá que envolver o Oriente Médio. Com isso concordam não somente os especialistas e estrategistas militares, mas está em completa harmonia com as milenares profecias bíblicas.

         Hoje em dia não é difícil fazer essa previsão (uma guerra mundial envolvendo Israel e o povo árabe), mas acontece que esse mesmo prognóstico foi feito há mais de 2500 anos.

         Especialmente os capítulos 38 e 39 de Ezequiel tratam em detalhes dessa guerra. O futuro inimigo de Israel é chamado Gogue, da terra de Magogue. O interessante é que na lista dos povos que atacarão Israel reaparecem vários nomes relacionados aos filhos de Noé.

         “Filho do homem, dirige o teu rosto para Gogue, terra de Magogue, príncipe e chefe de Meseque e Tubal, e profetiza contra ele, e dize: Assim diz o Senhor Deus: Eis que eu sou contra ti, ó Gogue, príncipe e chefe de Meseque e Tubal; e te farei voltar, e porei anzóis nos teus queixos, e te levarei a ti, com todo o teu exército, cavalos e cavaleiros, todos eles vestidos de armadura completa, uma grande companhia, com pavês e com escudo, manejando todos a espada; Pérsia, Cuche, e os de Pute com eles, todos com escudo e capacete; Gomer, e todas as suas tropas; a casa de Togarma no extremo norte, e todas as suas tropas; sim, muitos povos contigo.”

         Agora compare esses nomes em negrito com alguns versículos de Gênesis 10:

         “Os filhos de Jafé: Gomer, Magogue, Madai, Javã, Tubal, Meseque e Tiras. Os filhos de Gomer: Asquenaz, Rifate e Togarma. (...) Os filhos de Cam: Cuche, Mizraim, Pute e Canaã.” (Gênesis 10.2,3,6).

         De conformidade com os estudiosos (entre arqueólogos e lingüísticos) esses povos (em destaque) deram origem às seguintes nações:

        1 – Magogue, Meseque e Tubal – povos relacionados à Turquia, Rússia e outras nações do Norte da Europa e Norte da Ásia
         2 – Gomer – Nações da Europa Oriental (inclusive Alemanha)
         3 – Togarma – Turquia e Armênia
         4 – Cuche – Etiópia e outras nações da África negra
         5 – Pute – Líbia e outras nações da África árabe.

         A maioria da nações citadas por Ezequiel está relacionada com os filhos de Jafé que povoaram parte da Ásia e Europa. E entre essas nações, mais uma vez um nome se destaca: Turquia.

ELES SUSPEITARAM DESDE O PRNCÍPIO...

         A seguir transcrevo mais alguns parágrafos coletados na internet. Depois continuarei minha análise. Há uma longa tradição que relaciona a Turquia com a terra de Magogue:

            “De acordo com o historiador do primeiro século conhecido como Plínio, o Velho, Hierápois [na Turquia] era também conhecida como ‘Magogue.’”

            “Hipólito de Roma (170–235), um teólogo cristão primitivo, em suas crônicas, conectou Magogue com os gálatas na Ásia Menor, ou Turquia moderna.”

            “Moisés Ben Maimonides (também conhecido como Rambam) (1135–1204), o reverenciado mito judeu, em Hichot Terumot, identificava Magogue como estando na fronteira da Síria e moderna Turquia.”

            “Martinho Lutero (1483–1546) compreendia que Gogue era uma referência aos turcos, os quais Deus havia enviado como flagelo para castigar os cristãos.”

            “Sir Walter Raleigh (1554–1618), em sua História do Mundo, também colocava Magogue na Ásia Menor, ou Turquia moderna.”

            “John Wesley (1703–1755), em suas Notas Explicativas sobre Ezequiel 38 e 39, identificava as hordas de Gogue e Magogue com “as forças do Anticristo” que viriam da região da moderna Turquia.”

            “Jonathan Edwards (1703–1758), um dos mais renomados teólogos da história americana, também via a Turquia moderna como a nação que traria a invasão de Gogue e Magogue.”

         É claro que não afirmamos que a Turquia está conectada com Magogue só por causa das opiniões de estudiosos e teólogos famosos. Mas temos seguido uma série de pistas até aqui e elas apontam que o reino do Anticristo se levantará para as bandas da Turquia e outras nações do Norte (olhando de Israel).

        Chama a atenção também o seguinte fato: o maior livro profético da Bíblia (Apocalipse) foi, originalmente, endereçado a Igreja Cristã que estava em 7 cidades da Ásia Menor (Turquia). Numa das cartas apocalípticas é revelado que o “trono de Satanás” estava na cidade de Pérgamo (na Turquia). O texto é claro e surpreendente:

         “Sei onde habitas, que é onde está o trono de Satanás; mas reténs o meu nome e não negaste a minha fé, mesmo nos dias de Antipas, minha fiel testemunha, o qual foi morto entre vós, onde Satanás habita.” (Apocalipse 2.13)

         É de dar calafrios!

         Outro fato digno de destaque é que a grande maioria dessas nações, citadas por Ezequiel, hoje é dominada pelo Islamismo, e todos sabem que o inimigo número 1 do Islã é Israel. Portanto, essa guerra predita pelos profetas é só uma questão de tempo.

O FATOR IRÃ

         Uma nação citada na lista de Ezequiel merece uma análise à parte. Em Ezequiel 38.5 é citada a “Pérsia”. De todo o elenco, nenhum nome é mais claramente identificado do que este. Até 1935 “Pérsia” era o nome oficial do Irã. Mesmo com a mudança do nome, a língua falada nesse país asiático continua sendo chamada de “língua persa”. Portanto, é impossível negar que o Irã terá uma participação especial na futura guerra contra Israel. Não por acaso, o atual líder da Pérsia, o maluco Mahmoud Ahmadinejad, em seus inflamados discursos, tem freqüentemente ameaçado apagar Israel do mapa.

         Os noticiários internacionais cada vez mais provam que as profecias bíblicas estão certas. Desprezar o que elas têm a dizer sobre o nosso futuro talvez seja a maior idiotice da nossa geração.

O MAL VEM DO NORTE

         Quase sempre Israel era atacado pelo lado Norte. Apesar de Babilônia estar localizada do lado Oriental (olhando de Israel), ela geralmente atacava a partir do Norte. Por isso o destaque a essa região em muitas profecias:

         “Veio a mim a palavra do Senhor segunda vez, dizendo: Que é que vês? E eu disse: Vejo uma panela a ferver, que se apresenta da banda do norte.” Jeremias 1.13.

         “Ao que me disse o Senhor: Do norte se estenderá o mal sobre todos os habitantes da terra.” Jeremias 1.14.

         “Pois estou convocando todas as famílias dos reinos do norte, diz o Senhor; e, vindo, porá cada um o seu trono à entrada das portas de Jerusalém, e contra todos os seus muros em redor e contra todas as cidades de Judá.” Jeremias 1.15.

         “Arvorai um estandarte no caminho para Sião; buscai refúgio, não demoreis; porque eu trago do norte um mal, sim, uma grande destruição.” Jeremias 4.6.

         “Fugi para segurança vossa, filhos de Benjamim, do meio de Jerusalém! Tocai a buzina em Tecoa, e levantai o sinal sobre Bete-Haquerem; porque do norte vem surgindo um grande mal, sim, uma grande destruição.” Jeremias 6.1.

         “Assim diz o Senhor: Eis que um povo vem da terra do norte, e uma grande nação se levanta das extremidades da terra. Arco e lança trarão; são cruéis, e não usam de misericórdia; a sua voz ruge como o mar, e em cavalos vêm montados, dispostos como homens para a batalha, contra ti, ó filha de Sião.” Jeremias 6.22,23.

         “Eis que vem uma voz de rumor, um grande tumulto da terra do norte, para fazer das cidades de Judá uma assolação, uma morada de chacais.” Jeremias 10.22.

         “Pode alguém quebrar o ferro, o ferro do Norte, e o bronze?” Jeremias 15.12.

         “Assim diz o Senhor: Eis que do Norte se levantam as águas, e tornar-se-ão em torrente trasbordante, e alagarão a terra e quanto há nela, a cidade e os que nela habitam; os homens clamarão, e todos os habitantes da terra uivarão,...” Jeremias 47.2.

         As referências acima citadas estão falando do Império Babilônico, em primeira linha, mas certamente apontam para os tempos finais, especialmente Jeremias 46.10:

         O inimigo de Israel em Ezequiel 38 e 39 vem do Norte.

         “Gomer, e todas as suas tropas; a casa de Togarma no extremo norte, e todas as suas tropas; sim, muitos povos contigo.” Ezequiel 38.6.

         “Virás, pois, do teu lugar, lá do extremo norte, tu e muitos povos contigo, montados todos a cavalo, uma grande companhia e um exército numeroso;” Ezequiel 38.15.

         “... e te farei virar e, conduzindo-te, far-te-ei subir do extremo norte, e te trarei aos montes de Israel.” Ezequiel 39.2.

         “... e removerei para longe de vós o exército do Norte, e o lançarei para uma terra seca e deserta, a sua frente para o mar oriental, e a sua retaguarda para o mar ocidental; subirá o seu mau cheiro, e subirá o seu fedor, porque ele tem feito grandes coisas.” Joel 2.20.

         “Ainda ele estenderá a mão contra o Norte, e destruirá a Assíria; e fará de Nínive uma desolação, terra árida como o deserto.” Sofonias 2.13

         Por que o mal vem do Norte? O que tem esse Norte?

         “Porque aquele dia é o dia do Senhor Deus dos exércitos, dia de vingança para ele se vingar dos seus adversários. A espada devorará, e se fartará, e se embriagará com o sangue deles; pois o Senhor Deus dos exércitos tem um sacrifício na terra do Norte junto ao rio Eufrates.”

         Rio Eufrates? Qual a importância desse rio nas profecias?

O FATOR “RIO EUFRATES”

“O sexto anjo tocou a sua trombeta; e ouvi uma voz que vinha das quatro pontas do altar de ouro que estava diante de Deus, a qual dizia ao sexto anjo, que tinha a trombeta: Solta os quatro anjos que se acham presos junto do grande rio Eufrates. E foram soltos os quatro anjos que haviam sido preparados para aquela hora e dia e mês e ano, a fim de matarem a terça parte dos homens.” (Apocalipse 9.13-15)

         Esse importante e milenar rio é citado duas vezes em Apocalipse. Em algum lugar dele encontram-se “quatro poderosos príncipes do mal” aprisionados. Em que tipo de prisão eles estão merece um artigo à parte.

         Essa horrenda destruição (terça parte dos homens) ocorrerá ao toque da 6.ª trombeta, e, coincidentemente, ao derramar da 6.ª taça, outro evento relacionado ao Eufrates, fala da preparação dos reis do mundo todo para a guerra de Armagedom (Apocalipse 16.12-16). Será que a “terça parte dos homens” (mais de 2 bilhões e meio pelas estatísticas atuais) seria o saldo dos mortos em Armagedom?

         Bem, agora vejam quais países estão ligados ao rio Eufrates: Ele nasce na Turquia, passa pela Síria e termina no Iraque. Três das cabeças da Besta! Lembrando que muitas profecias alertam que o mal virá do Norte; que Síria e Turquia estão no Norte da Terra Santa; e que esses países são atualmente dominados pelo Islamismo (inimigo mortal de Israel),... a coisa está andando rápido demais.

DE VOLTA AO INIMIGO DO NORTE

         Não pode ser coincidência tanta referência ao Norte, e o inimigo final vir do Norte. Agora vamos nos voltar para Daniel 11 e tentar fechar outro quebra-cabeça que tem gerado muitas controvérsias.

         O tema desse capítulo é a guerra entre os reis do Norte e do Sul. Historicamente houve uma série de conflitos envolvendo os reinos Selêucida (Norte) e o Egito (Sul). Os detalhes são tão exatos que os céticos tentam, de todas as formas, provar que alguém escreveu aquele capítulo depois dos acontecimentos. Os conflitos são narrados até o versículo 35:

         “Alguns dos entendidos cairão para serem acrisolados, purificados e embranquecidos, até o fim do tempo; pois isso ainda será para o tempo determinado.”

         A partir do versículo 36, entra em cena um rei especial, cujas características são as mesmas do homem do pecado revelado por Paulo (2 Tessalonicenses 2), o perseguidor do povo de Deus em Daniel (no capítulo 7) e a Besta vista por João no capítulo 13 do Apocalipse.

         “... Este rei fará conforme lhe aprouver; exaltar-se-á, e se engrandecerá sobre todo deus, e contra o Deus dos deuses falará coisas espantosas; e será próspero, até que se cumpra a indignação: pois aquilo que está determinado será feito. E não terá respeito aos deuses de seus pais, nem ao amado das mulheres, nem a qualquer outro deus; pois sobre tudo se engrandecerá. Mas em seu lugar honrará ao deus das fortalezas; e a um deus a quem seus pais não conheceram, ele o honrará com ouro e com prata, com pedras preciosas e com coisas agradáveis. E haver-se-á com os castelos fortes com o auxílio dum deus estranho; aos que o reconhecerem, multiplicará a glória; e os fará reinar sobre muitos, e lhes repartirá a terra por preço.” (Daniel 11.36-39).

         O tema do capítulo 11 de Daniel envolve os reis do Norte e do Sul. E este que se levanta contra todos os deuses, vem de que direção?

         Os próximos versículos (Daniel 11.40-45) têm dado muitas dores de cabeças aos intérpretes:

         “Ora, no fim do tempo, o rei do sul lutará com ele; e o rei do norte virá como turbilhão contra ele, com carros e cavaleiros, e com muitos navios; e entrará nos países, e os inundará, e passará para adiante. Entrará na terra gloriosa, e dezenas de milhares cairão; mas da sua mão escaparão estes: Edom e Moabe, e as primícias dos filhos de Amom. E estenderá a sua mão contra os países; e a terra do Egito não escapará. Apoderar-se-á dos tesouros de ouro e de prata, e de todas as coisas preciosas do Egito; os líbios e os etíopes o seguirão. Mas os rumores do oriente e do norte o espantarão; e ele sairá com grande furor, para destruir e extirpar a muitos. E armará as tendas do seu palácio entre o mar grande e o glorioso monte santo; contudo virá ao seu fim, e não haverá quem o socorra.” (Daniel 11.40-45)

         Vejamos os detalhes desse texto complexo:

         “Ora, no fim do tempo, o rei do sul lutará com ele”. Quem é esse “ele”? Pela descrição dos versículos anteriores e pela gramática do texto, obviamente “ele” é o “rei que fará segundo a sua vontade”, aquele que chamamos Anticristo. O rei do sul certamente é o Egito.

         Bem, mas se o Anticristo é o “rei do norte”, como explicar a frase seguinte? “...e o rei do norte virá como turbilhão contra ele,...”. Quem é este “ele”? O mesmo “rei que fará segundo a sua vontade” dos versículos anteriores?

         O sentido do texto parece mostrar que o Anticristo enfrentará os reis do norte e do sul. Mas as ações seguintes parecem se referir ao rei do norte:

         “... e o rei do norte virá como turbilhão contra ele [Anticristo?], com carros e cavaleiros, e com muitos navios; e entrará nos países, e os inundará, e passará para adiante. Entrará na terra gloriosa, e dezenas de milhares cairão...”.

         Quem entrará nos países e os inundará? Quem entrará na “terra gloriosa” (isto é, Israel)? Esse invasor se encaixa com o perfil do Anticristo, especialmente o personagem citado em Ezequiel 38 e 39. Mas a construção do texto dá a entender que esse invasor é o rei do Norte.

         Faz tempo que quebro a cabeça com este texto e não consigo encaixá-lo logicamente. Já imaginei que talvez a tradução esteja mal feita. Olhei outras versões, mas a dificuldade continua. Todos os autores que o analisam deixam a desejar – especialmente aqueles que acreditam que o rei do Norte aqui é a Rússia (e, consequentemente, seria o mesmo Gogue de Ezequiel 38).

         Espera aí! Gogue? Recentemente pensei na seguinte possibilidade. Por enquanto é apenas uma suposição, mas que encaixaria legal este final do capitulo 11 de Daniel e mostraria a simetria da profecia:

         a) “Ora, no fim do tempo, o rei do sul lutará com ele [Anticristo, rei do norte]; e o rei do norte virá como turbilhão contra ele [o rei do sul], com carros e cavaleiros, e com muitos navios; e entrará nos países, e os inundará,...” Agora, as próximas ações são do rei do norte (que seria o Anticristo);

         b) “E estenderá a sua mão contra os países; e a terra do Egito [no caso, o rei do sul] não escapará”. Até aqui, tudo bem;

         c) “Entrará na terra gloriosa, e dezenas de milhares cairão;...” – Aqui ele (a Besta) não entra de forma simpática em Israel, mas o invade (aí pensamos em Ezequiel 38, quando um “rei do norte” ataca Israel);

         d) “... os líbios e os etíopes o seguirão [ao rei do norte]” – Mais uma coincidência com Ezequiel 38, pois lá, Líbia (Pute) e Etiópia (Cuxe) são aliados do tal rei do norte;

         e) “Mas os rumores do oriente e do norte o espantarão;” Opa! Novamente o norte? Como é que o norte espantaria o rei do norte? Mas lembre-se que nesse momento ele está no Egito, apoderando-se dos seus tesouros (talvez os famosos tesouros das pirâmides). Se “o rei do norte” encontra-se no Egito, os rumores do norte poderiam ser qualquer ameaça vinda da Europa (norte do Egito) e do oriente (qualquer país das bandas do oriente);

         f) Então, “ele sairá [do Egito] com grande furor, para destruir e extirpar a muitos. E armará as tendas do seu palácio entre o mar grande [Mediterrâneo] e o glorioso monte santo [Jerusalém]; contudo virá ao seu fim, e não haverá quem o socorra [Armagedom]”;

         Alguns fatos que não devem ser ignorados:

         a) o capítulo 11 de Daniel lida apenas com reis do Norte e do Sul (pelo menos, estes são os atores principais);

         b) Logicamente, o “rei que fará segundo a sua vontade” tem que ser do Norte ou do Sul;

         c) O versículo 40 mostra claramente o rei do Sul atacando o misterioso rei orgulhoso (portanto, esse “rei orgulhoso” não pode ser o rei do Sul – só resta a alternativa 2: ele é o rei do Norte);

         d) Deus dá grande destaque a um grande inimigo de Israel que vem do Norte (Ezequiel 38) e dois aliados dele (Etiópia e Líbia) são exatamente os dois países citados que seguirão ao rei do Norte de Daniel 11 – Não dá pra acreditar que são apenas coincidências;

         e) Geralmente os livros proféticos terminam com a vitória do Deus de Israel contra os inimigos do Seu povo. O último inimigo de Israel antes da Volta de Jesus é o Anticristo. Ora, Daniel 11 termina com a destruição do rei do Norte no “tempo do fim”. Se este rei não for o Anticristo é tão importante quanto;

         f) Daniel 7 finaliza com a destruição do Anticristo; Daniel 8 termina com a destruição do Anticristo, o “chifre pequeno”; Daniel 9 fala da chegada de um misterioso príncipe romano (que tem o perfil do Anticristo); por que Daniel 11 terminaria falando de outro “cara”?

         Possivelmente este texto terá uma parte 3, pois a guerra de Armagedom (citada especialmente em Daniel, Joel, Ezequiel, Zacarias e Apocalipse), precisa ser analisada minuciosamente e submetida ao principio da Simetria. Há muitas peças para serem encaixadas: os 10 chifres, os 3 que serão derrubados pela Besta, os 7 restantes, a aliança e destruição da Prostituta Babilônia, a questão do domínio da Besta (será mundial ou não?) e todos os movimentos militares que envolverão a última guerra, pois ela certamente terá várias etapas: primeiro Israel enfrentará os países vizinhos e depois todas as outras nações:

         “Eis que eu farei de Jerusalém um copo de atordoamento para todos os povos em redor, e também para Judá, durante o cerco contra Jerusalém. Naquele dia farei de Jerusalém uma pedra pesada para todos os povos; todos os que a erguerem, serão gravemente feridos. E ajuntar-se-ão contra ela todas as nações da terra.” (Zacarias 12.2,3).

A DESTRUIÇÃO DE GOGUE

         “... estive olhando até que o animal foi morto, e o seu corpo destruído; pois ele foi entregue para ser queimado pelo fogo.” (Daniel 7.11)

         “E enviarei um fogo sobre Magogue, e entre os que habitam seguros nas ilhas; e saberão que eu sou o Senhor.” (Ezequiel 39.6)

         Lembrando que o rei do Norte “armará as tendas do seu palácio entre o mar grande [Mediterrâneo] e o glorioso monte santo [que está em Jerusalém];” (Daniel 11.45), perguntamos: Por que a atração desse rei por esse “glorioso monte santo”?

O MISTERIOSO MONTE SIÃO

         “E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu; acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono; e no monte da congregação me assentarei, nas extremidades do norte”; (Isaías 14.13).

         Esta é a famosa passagem bíblica, tradicionalmente relacionada com a Queda de Satanás (e acredito que seja mesmo, tendo como pano de fundo, a queda do rei da Babilônia). Por que o inimigo fala em assentar no monte da congregação nas “extremidades do Norte”?

         E esse monte da congregação? Existem dezenas de passagens bíblicas que falam do “monte santo” chamado Sião. E ele fica exatamente do lado do Norte:

         “Grande é o Senhor e mui digno de ser louvado, na cidade do nosso Deus, no seu monte santo. De bela e alta situação, alegria de toda terra é o monte Sião aos lados do norte, a cidade do grande Rei.” (Salmo 48.1,2).

         Há uma grande conexão entre o monte Sião e Jerusalém:

         Isaias 27.13: “E naquele dia se tocará uma grande trombeta; e os que andavam perdidos pela terra da Assíria, e os que foram desterrados para a terra do Egito tornarão a vir; e adorarão ao Senhor no monte santo em Jerusalém.”

         Zacarias 8.3: “Assim diz o Senhor: Voltarei para Sião, e habitarei no meio de Jerusalém; e Jerusalém chamar-se-á a cidade da verdade, e o monte do Senhor dos exércitos o monte santo.”

         Salmo 2. 6 “Eu tenho estabelecido o meu Rei sobre Sião, meu santo monte”.

         Os muitos textos a respeito desse misterioso “monte santo” nos levam a pensar que, como existem duas Jerusalém (a terrena e a celestial), e ela, muitas vezes, é comparada ao “monte santo”, certamente existem dois montes Sião (o celestial e o outro terreno).

         “Mas tendes chegado ao Monte Sião, e à cidade do Deus vivo, à Jerusalém celestial, a miríades de anjos;” (Hebreus 12.22). Vejam também Apocalipse 14.1.

         Nos Salmos é comum o salmista suplicar o socorro de Deus, pedindo para que Ele escute o clamor do aflito desde o Seu santo monte.

         Salmo 3.4 “Com a minha voz clamo ao Senhor, e ele do seu santo monte me responde.”

         No Salmo 15, o salmista pergunta: “Quem, Senhor, habitará na tua tenda? quem morará no teu santo monte?”

         A ambição de Satanás desde o inicio foi dominar esse “monte santo” do Senhor (tanto o celestial quanto o terreno). A passagem de Isaías 14 relaciona a ambição do inimigo em se sentar “no monte da congregação nas extremidades do Norte”.

         Como as profecias são simétricas, existe uma outra passagem mostrando a origem de Satanás (inclusive chamando-o de querubim), e também faz referência ao “monte santo”.

         Ezequiel 28.14: “Eu te coloquei com o querubim da guarda; estiveste sobre o monte santo de Deus; andaste no meio das pedras afogueadas”.

         Ele esteve no monte santo, mas seu desejo era ser o senhor desse monte. Em relação ao Anticristo, Daniel 11.45 diz algo surpreendente: “E armará as tendas do seu palácio entre o mar grande e o glorioso monte santo; contudo virá ao seu fim, e não haverá quem o socorra.”

         Como não é possível se apossar da Jerusalém celestial, o inimigo tentará dominar a Jerusalém terrena, e chegará a armar suas tendas lá, mas: “... contudo virá ao seu fim, e não haverá quem o socorra.”

O ESPÍRITO SANGRENTO DA BESTA

         Para vocês verem como são as coisas. Hoje (25 de abril de 2013), quando estava concluindo este artigo, deparei-me com um texto publicado pela Chamada da Meia Noite, falando de uma data funesta lembrada justamente ontem (24 de abril). Como o texto é pequeno (e assustadoramente revelador sobre uma das cabeças da Besta) vou transcrevê-lo na íntegra:

QUEM SE LEMBRA DO GENOCÍDIO ARMÊNIO?

"Entre 1915 e 1917 os turcos exterminaram mais de um milhão de armênios. Quem fala sobre isso hoje?" - Adolf Hitler, 1939, pouco antes de iniciar o Holocausto.

No dia 24 de abril comemora-se em diversos países o Dia em Memória ao Genocídio Armênio. No curto período entre 1915 e 1917, cerca de 1,5 milhão de homens, mulheres e crianças armênias foram mortas pelos turcos.

Além de um tributo às suas vítimas, a data tem a importância de nos alertar que tragédias desta natureza, se não denunciadas e relembradas, tendem a se repetir.

Historiadores hoje concordam que o Genocídio Armênio teve forte influência na política e nos métodos de extermínio dos judeus empregados pelos nazistas.

Quinze anos antes do Holocausto, transporte de famílias em trens de carga, marchas da morte e campos de extermínio em massa já eram amplamente utilizados pelos turcos contra os armênios e observados atentamente por oficiais alemães.

Mais do que isso, a indiferença da comunidade internacional durante o Genocídio Armênio serviu como estímulo às pretensões nazistas. "Quem fala hoje sobre extermínio dos armênios?", teria indagado o próprio Adolf Hitler, em 1939, a generais que temiam a repercussão de um massacre aos judeus. (Renato Aizenman - Israel na Web - http://www.beth-shalom.com.br)

“Os dez chifres que viste são dez reis, os quais ainda não receberam o reino, mas receberão autoridade, como reis, por uma hora, juntamente com a besta. Estes têm um mesmo intento, e entregarão o seu poder e autoridade à besta. Estes combaterão contra o Cordeiro, e o Cordeiro os vencerá, porque é o Senhor dos senhores e o Rei dos reis; vencerão também os que estão com ele, os chamados, e eleitos, e fiéis.” (Apocalipse 17.12-14)

Por enquanto, amém.

Moacir R. S. Junior – morganne777@hotmail.com

4 comentários:

  1. Bem haja amado por se enpenhar tanto no estudo da palavra de Deus, todavia ao ler o seu artigo que acho bastante emocionante e carismatico, deparo-me com um sistema profético bastante complexo, pois te vejo trata-las como um complexo quebra cabeças,e é ai onde me pergunto: Foi isso mesmo que Deus fez? Deus montou um grande quebra cabeças para os homens passarem suas vidas tentando descobri-las? bem se for isso mesmo, estou certo que ninguém por mais inteligente que seja chegará a verdade se Deus não lhe conceder tal graça.
    Paz seja amado, gostei imenso do seu trabalho, que Deus continue te fortalecendo!

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    1. Anônimo 2:
      Caro Anônimo acima: o mundo, este que vivemos; o micro e o macro cosmos; do infinitamente pequeno ao indizivelmente grande, o universo: todas estas maravilhas criadas por nosso Deus não são simplórias, são estruturas de complexidades incompreenssíveis em suas totalidades, na verdade.

      Deveríamos esperar algo diferente na história humana?

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  2. Não conhecia a citação do maldito Hitler sobre o holocausto dos armênios, mas isso de fato acontece... o esquecimento. Nossa incrível capacidade de esquecermos de atrocidades tão presentes como nosso último café da manhã. Quem se lembra do holocausto de Ruanda em 1994? Mais de 800.000 pessoas morreram, entre elas crianças e mulheres. O que nós estávamos fazendo? Certamente será mais fácil lembrarmos do grande espetáculo da Copa Mundial. Que venha o Senhor, pois da terra clama por justiça o sangue dos inocentes!!!

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  3. irmão, boa tarde. gostei do seu estudo, embora comungue de outro pensamento. Peço que o irmão pesquise sobre a fé bahai através do site: www.apocalipsetotal.wordpress.com. Fique na paz. meu e-mail é jamesdeanduo@bol.com.br. Peço que me responda. James

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