Em sua “Enciclopédia de Apologética”, no
tópico “método indutivo”, Norman Geisler fala da natureza e dos níveis
da Probabilidade, e revela 7 tipos de “graus” ou “níveis” de certeza (ou
probabilidade):
1º
grau – 99% — Praticamente certo: evidência
esmagadora.
Exemplo: a lei da gravidade.
2º
grau – 90% — Altamente provável: evidência muito
boa.
Exemplo: Nenhum floco de neve tem estrutura idêntica
a outro.
3º
grau – 70% — Provável: evidência suficiente.
Exemplo: A eficácia e segurança dos remédios que já foram testados e aprovados.
4º
grau – 50% — Possível: nenhuma evidência ou
evidência equivalente contra e a favor. Exemplo: Nosso time ganhará o “cara ou
coroa”.
5º
grau – 30% — Improvável: evidência insuficiente a
seu favor. Nesse ponto, ninguém acredita exceto alguns poucos para quem
funcionou. [exemplo: o horóscopo].
6º
grau – 10% — Altamente improvável: evidência
escassa a favor. A teoria de que Jesus passou seus primeiros anos estudando com
um guru hindu entra nessa categoria.
7º
grau – 1% — Praticamente impossível: quase nenhuma
evidência a favor. A evidência da existência de unicórnios está nesse nível.
Geisler escreveu: “Uma das maiores diferenças
entre lógica dedutiva e indutiva se acha nos tipos de conclusões alcançadas. Ao
contrário da certeza do raciocínio dedutivo, o raciocínio indutivo fornece
níveis de probabilidade.”
Por que o grau mais alto tem 99% de certeza e não
100%? Porque o autor está falando aqui de probabilidade e raciocínio indutivo
(que é baseado na observação) e não o método dedutivo (por exemplo, um Teorema
matemático, que é 100% verdadeiro). O exemplo apresentado nível 1 (Lei da
Gravidade) revela que, em termos de 100% só existe uma ciência exata, a
Matemática. Embora a Física, Química e Biologia sejam classificadas no campo
educacional como do grupo das Ciências Exatas, elas não são 100% exatas. É
fácil provar isso:
A Lei da Gravidade funciona perfeitamente em nosso
Universo, até onde foi observada (e testada), mas, é obvio!, não tem como os
cientistas vasculharem todos os cantos do Universo pra ter certeza 100%. Por
outro lado, o Teorema de Pitágoras é verdadeiro aqui e em qualquer parte do
Universo, você pode apostar sua cabeça nisso.
Um livro de matemática pode ter 3000 anos, tal como “Os
Elementos”, de Euclides, mas seus teoremas continuam sendo ensinado nas
escolas e universidades porque são verdadeiros e nunca deixarão de ser. Por
outro lado, ninguém pode ter a mesma confiança num livro de Química, Física ou
Biologia de 50 anos atrás. Novas observações e descobertas frequentemente fazem
os cientistas mudarem de ideia.
Mesmo a velocidade da luz (considerada uma constante
da Física), cuja velocidade exata é de 299.792.458 metros por segundos,
tem controvérsias. Hoje, em qualquer parte do Universo (até onde foi observada,
essa velocidade é exata, isto é, constante), mas alguns cientistas já
discutiram a hipótese dessa velocidade não ser a mesma de milhões de anos
atrás. Por isso que as Leis da Física podem ter até 99% de certeza, mas nunca
100% como as Leis da Matemática.
Sendo assim, em vez de classificar as disciplinas em
dois tipos (exatas e não exatas, isto é, humanas), eu prefiro acreditar em
três: exatas, quase 100% exatas e não exatas. Pra ser mais didático:
TRÊS
TIPOS (OU NÍVEIS) DE CERTEZA:
1 –
EXATO 100% – Incontestável.
Exemplo: o Teorema de Pitágoras.
2 –
QUASE 100% EXATO – Praticamente certo (evidência esmagadora. Exemplo:
a lei da gravidade), ou Altamente provável: evidência muito boa (Exemplo:
Nenhum floco de neve tem estrutura idêntica a outro).
3 –
NÃO EXATO – Provável: evidência suficiente. Exemplo: os fatos
históricos. Temos evidências suficientes ou boas sobre a existência de vários
personagens citados ou estudados nos livros de História, Sociologia, Filosofia
e outros, mas não tem como termos certeza absoluta.
Só um parêntesis: os matemáticos costumam
classificar os números naturais em dois tipos: primos e compostos
(primos são aqueles números que só dividem por eles e por 1). Entretanto, eu
visualizo uma classificação em três tipos:
1 – Os primos
2 – Os compostos
3 – E o número 1
Explico: se primo é todo aquele que divide por ele
mesmo e por 1 (tipo o 37) e composto é aquele que divide por mais de três
números (por ele, por 1 e por mais outro, tipo o 10), onde se encaixaria o
número 1? Por isso gosto de dizer: “Existem três tipos de números: os
primos, os compostos e o número 1”. Na verdade, o 1 é o único número que se
encontra presente em TODOS os números do Universo. Por isso, na Bíblia, ele,
adequadamente, simboliza DEUS!
VOLTANDO
AO NOSSO ASSUNTO DE HOJE...
Dentro dos padrões matemáticos investigados ou
descobertos no Arquivo7, só podemos admitir dois tipos:
1 –
100% EXATO – Exemplo: Nos 66 livros canônicos da Bíblia, só
existem 7 capítulos bíblicos de número 37 (e 1 de número 73) e, quando seus
números de ordem formam um único número, somos levados até um deles, isto é,
Êxodo 37! Isto ninguém jamais conseguirá contestar.
2 –
QUASE 100% EXATO – Todos os livros bíblicos que contém as expressões
“três vezes” ou “sete vezes”, quando somados os totais de capítulos, totalizam
777!!! Por que não 100%? Porque existem controvérsias se a expressão original
em determinado livro significa isso mesmo ou foi mal traduzida. Exemplo: em Jó
não aparece a expressão “sete vezes”, mas “três vezes” – e somente uma vez! E
nessa única vez há controvérsias na tradução, portanto, a conclusão não é 100%
segura.
Na verdade, todos os estudos que dependem da
quantidade de vezes em que certas palavras ou expressões aparecem na Bíblia, podem
ser colocados nessa categoria. São quase exatos, mas não 100%.
Muitas vezes algumas cópias dos originais omitem ou
incluem exemplos a mais e isso pode desestabilizar todo o cálculo envolvido. Um
exemplo claro é o estudo sobre “A LEI DOS SETES” (que revela que os
escritores bíblicos costumavam repetir palavras e expressões em múltiplos de
7). Em Apocalipse, por exemplo, existem muitas palavras e expressões que são
citadas 7, 14, 21 vezes (ou em outro múltiplo de 7). Outro exemplo, a palavra
“SENHOR”, aparece 21 vezes (3 x 7) em algumas cópias dos originais gregos de
Apocalipse. Mas existem cópias que citam 20 ou 22 vezes. (Observação: Na
Enciclopédia Arquivo7 existem 3 capítulos sobre a “LEI DOS SETES”).
Por coisas assim é que, nos últimos anos, tenho
evitado publicar simetrias que dependem da quantidade de vezes em que certas
palavras ou expressões aparecem na Bíblia (a não ser que todas as cópias dos
manuscritos originais concordem – exemplo: o Nome JESUS aparece 7 vezes em
Apocalipse em todas as cópias dos originais que pude consultar – ainda
assim, não pode ser considerado 100% certo). O valor do nome de Jesus, em
grego, é 888, isto é fato. Aí li certa vez em algum lugar que alguém afirmava
que o nome de Jesus aparece 888 vezes na Bíblia! Uma coincidência bem
interessante... mas, infelizmente, não é verdadeira.
Em todas as pesquisas que fiz, constatei que o nome
de Jesus aparece acima de 900 vezes e abaixo de 1000, mas não pude provar qual
a quantidade correta, por isso nunca elaborei nada que dependesse disso.
Existem algumas variações nas cópias dos originais
gregos do Novo Testamento, que não comprometem a doutrina bíblica, mas
invalidam conclusões que dependem da quantidade de vezes em que certas palavras
são citadas na Bíblia.
Conclusão: na Matemática Bíblica divulgada no
Arquivo7 temos dois tipos de simetrias: as 100% exatas e as quase 100%. Alguém
pode contestar este segundo tipo, mas jamais o primeiro. E, QUE FIQUE BEM CLARO!,
TEMOS MUITOS MAIS EXEMPLOS DO TIPO “A” DO QUE DO TIPO “B”... Portanto, nada
e nem ninguém é capaz de contestar a grande maioria dos fatos que temos
apresentados.
A FRUSTRAÇÃO E O
ÊXTASE
Inúmeras vezes me frustrei ao tentar encontrar
padrões matemáticos na Bíblia, principalmente antes do surgimento da internet e
mais ainda antes do acesso aos computadores. Porque certos cálculos tinham que
ser feito manualmente e, sem acesso às cópias dos originais da Bíblia, grego e
hebraico, a coisa ficava ainda mais difícil. Eu lia muitas coisas aqui e ali,
mas me frustrava porque não tinha como provar se o que os autores diziam era
verdade ou não. Por exemplo, se alguém afirmasse que tal palavra aparece tantas
vezes na Bíblia, como eu poderia saber se era verdade? Ou que o valor de tal
palavra em hebraico ou grego era tanto, como provar a veracidade?
De vez em quando eu via um pregador causar admiração
na plateia ao citar coisas do tipo “A Bíblia contém 66 livros 1.189
capítulos, 31.173 versículos, 773.692 palavras e 3.566.480 letras!”.
Eu, na minha ingenuidade de novo convertido,
acreditava piamente que isso era verdade. Quando constatei que a maior parte
dessa afirmativa era falsa, fiquei decepcionado! Só o que existe de verdade na
frase citada pelo pregador é que a Bíblia contém 66 livros (canônicos) e
1.189 capítulos! A quantidade de versículos varia conforme a tradução (não
porque alguém incluiu ou excluiu algum texto, mas sim por que fez uma
classificação diferente – eu já falei sobre isso por aqui, num artigo recente).
Recentemente, vi um pregador bem afamado entre os
cristãos assembleianos, citar a mesma estatística furada acima (com algumas
variações), e a maioria do povão vibrou, emocionada. Triste! É o mesmo que dar
munição de graça para os céticos. Entretanto, existem coisas na Bíblia que são
exatas e assombrosas, e nos últimos anos, tenho feito o possível para divulgar
tais coisas.
Mas, voltando um pouco ao inicio das minhas
pesquisas...
Quando tive acesso ao computador pela primeira vez,
resolvi digitar todo o livro do Apocalipse a fim de poder contar depois quantas
vezes certas palavras apareciam nele. Foi um trabalhão digitar aquelas quase
10.000 palavras. A gente tinha acesso ao computador, mas a internet era ainda
um sonho distante, não tinha como ter acesso a uma Bíblia completa toda no
computador. Então, algum tempo depois, um amigo conseguiu uma versão da Bíblia,
toda digitada, em algum lugar e me passou por disquete (quem se
surpreender com esta palavra, pesquise, hahaha!!!). Fiquei muito contente e
passei muito tempo só colocando o computador pra pesquisar quantas e quantas
vezes certas palavras apareciam na Bíblia.
Minhas pesquisas tiveram um certo avanço. E novas
frustrações. Eu ignorava que, devido às traduções, uma palavra poderia aparecer
mais ou menos vezes, mesmo com pouca diferença.
Por exemplo, quantas vezes a palavra ISRAEL aparece
na Bíblia? Nas quatro principais versões usadas pelos evangélicos no Brasil, e
ainda a King James, em inglês, temos o seguinte:
- 2290 versos encontrados, 2552 ocorrências (versão
ACF)
- 2296 versos encontrados, 2544 ocorrências (versão
ARA)
- 2289 versos encontrados, 2556 ocorrências (versão
ARC)
- 2301 versos encontrados, 2576 ocorrências (versão
KJV)
- 1704 versos encontrados, 1854 ocorrências (versão
NVI)
Nenhum dos resultados combinou. Qual o correto? Pode
ser qualquer deles ou nenhum. Então não faz sentido, por exemplo, eu construir
uma argumentação de uma simetria matemática que relacione o número 2552
com Israel, só porque encontrei esta palavra 2552 vezes na Bíblia (na versão
ACF, ou seja, Almeida Corrigida Fiel). Já pude verificar que, de todas as
versões portuguesas, a ACF é a que mais coincide a quantidade de palavras
com as cópias dos originais hebraico e grego. Mesmo assim, ela não é 100%
segura. A não ser que a gente faça a análise por seção textual, que envolva o
mesmo assunto.
Exemplo: em todas as cópias mais fiéis aos originais
hebraico, constatei que o nome ELOHIM (Deus) aparece 35 vezes no trecho
sobre a Criação do mundo. Todo o capítulo 1º e mais os três primeiros
versículos do capítulo 2 do Gênesis. A partir do versículo 4 (do cap. 2), Deus
já é chamado de SENHOR DEUS, inaugurando uma nova seção. E o número 35 é
importante por ser um múltiplo de 7, um dos números-chave da Criação.
Mas na versão Almeida Revista e Atualizada, no mesmo
trecho, Deus só é citado 30 vezes!
Na Nova Versão Internacional, Deus é citado 32
vezes no trecho de Gênesis citado acima (lembre-se: no original são exatas
35 vezes!).
E na versão ACF (Almeida Corrigida Fiel), Deus é
citado exatamente 35 vezes (igual ao original hebraico).
A KJV (inglesa) também é muito considerada pelos
estudiosos, como uma das versões que está mais próxima dos originais. E nesse
teste, Deus é citado também 35 vezes!!!
Só pra não deixar de fora nenhuma das versões
citadas mais acima, vejamos agora na ARC (Almeida Revista e Corrigida):
surpreendentemente, também cita Deus 35 vezes (mas em outros testes
mostra variações, envolvendo outras palavras).
Conclusão: quando investigo alguma simetria
matemática que depende da quantidade de vezes em que certa palavra aparece na
Bíblia, sigo dois critérios:
a) Que a palavra não seja muito frequente na Bíblia.
Ou seja, que apareça em número pequeno, pra facilitar a comprovação, entre 200
e 100, por exemplo, ou menos de 100 – Israel não é um exemplo adequado porque é
citado mais de 2.000 vezes!
b) Que essa quantidade seja baseada nos originais
hebraico e grego e não nas versões das línguas modernas.
De qualquer forma, prefiro ainda, muito mais, lidar
com as simetrias do tipo EXATAS, cujos dados ninguém pode contestar – e graças
a Deus que temos “toneladas” deste tipo na Enciclopédia Arquivo7!
Em outras palavras: se algumas simetrias do tipo NÃO
100% EXATAS me trouxeram, ocasionalmente, algumas FRUSTRAÇÕES, em compensação,
as 100% EXATAS têm me recompensado com muitos ÊXTASES! E o melhor de tudo é que
o pacote destas é muito, muito maior. Por isso que fico bem à vontade para
desafiar os céticos.
Outra coisa que me frustrava um pouco ao divulgar a
Matemática Bíblica era que, quase 100% dela dependia da GEMATRIA, isto é, do
sistema que converteu o alfabeto hebraico em valores numéricos. Qual o
problema? A gematria pura, isto é, clássica, faz uso somente da palavra na sua
língua original. Portanto, ao usar a gematria em alguma palavra ou passagem
bíblica, obrigatoriamente, eu teria que citar a tal palavra (ou passagem) no
seu original. As pessoas já torcem o nariz quando escutam a palavra
“matemática”, e falar de cálculos envolvendo valores de palavras nas línguas
originais, só piora ainda mais a situação (exceto se você tiver um público que
adore esse tipo de conhecimento – encontrar uma garrafa de água mineral gelada
no meio do deserto do Saara é muito mais fácil, hahaha!).
Falar para um público leigo (e, muitas vezes
semialfabetizado) sobre os impressionantes padrões matemáticos ocultos em
Gênesis 1.1 é uma tarefa ingrata. Outro problema é que, para esse tipo de
assunto, dependemos muito de ilustrações, gráficos, tabelas, etc., o que
complica ainda mais, pois nem sempre temos isso à mão. Se eu for falar, por
exemplo, que uma certa palavra é assim e assim no original hebraico ou grego, é
quase 100% certo que nenhum ouvinte abrirá a boca pra tentar contestar – não
porque a minha explicação seja incontestável, mas porque meu público não tem o
conhecimento suficiente para tentar fazer isso. Em outras palavras: se a
maioria do nosso povão mal consegue entender uma frase em nossa língua, exigir
que entenda algo numa língua antiga e desconhecida, é maldade!
Entretanto, com o passar dos anos e o aprofundamento
na Matemática Bíblica, fui percebendo certos padrões que não dependiam tanto da
gematria e dos demais fatores citados acima – E QUE DAVAM PRA SEREM
COMPREENDIDOS, DE FORMA RAZOÁVEL, ATÉ POR UMA PLATEIA DO TIPO CITADO
ANTERIORMENTE!
Mais recentemente ainda (de 2018 pra cá), quando
descobri uma profunda e vasta simetria matemática na estrutura dos capítulos
bíblicos, a coisa finalmente chegou ao ponto que eu tanto necessitava e ansiava.
E o que é que eu tanto desejava (e pedia a Deus), em
relação à Matemática Bíblica? QUE HOUVESSE UMA FORMA SIMPLES DE SE PROVAR,
PRA QUALQUER PÚBLICO, QUE DEUS REALMENTE INCLUIU PADRÕES MATEMÁTICOS NA BÍBLIA,
DE NÍVEIS TÃO COMPLEXOS QUE NENHUM SER HUMANO SERIA CAPAZ DE INVENTAR, E, AO
MESMO TEMPO, TÃO SIMPLES, QUE QUALQUER PESSOA PODERIA COMPREENDER.
E hoje, meus amigos, com todas as recentes
descobertas matemáticas divulgadas neste site e na Enciclopédia Arquivo7
(especialmente a partir do capítulo 309, e nos Apêndices), acredito
piamente que Deus ouviu as minhas petições.
Portanto, convido (ou desafio) você a ler outros
artigos publicados neste site, a conhecer a Enciclopédia Arquivo7, e que se
sinta motivado a se aprofundar na Matemática Bíblica e descobrir o maravilhoso
plano que Deus arquitetou para a Humanidade.
"Na verdade, há
um espírito no homem, e a inspiração do Todo-Poderoso o faz entendido." (Jó 32:8)
“O Espírito de Deus me fez; e a inspiração do
Todo-Poderoso me deu vida.”
(Jó 33:4)
Moacir R. S. Junior –
morganne777@hotmail.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário