É comum os pregadores e palestrantes, após explicarem o significado de uma ou várias passagens bíblicas, concluírem tirando alguma lição, a “moral da história”, isto é, como se diz, fazendo uma aplicação prática sobre o tema abordado. É preciso cuidado nesse ponto, porque, às vezes, a tal aplicação é tirada do contexto.
Outro perigo é o palestrante exagerar na linguagem figurada (com base num evento literal). Exemplo: A mulher samaritana (em João 4), após conversar com Jesus, saiu apressadamente (para divulgar a Boa Nova), e se esqueceu do seu cântaro. Aí muitos pregadores gastam um tempo desnecessário, “explicando” o significado do “cântaro esquecido”.
É claro que não devemos menosprezar os detalhes que os escritores bíblicos adoram registrar em seus textos. Mas a explicação desses detalhes precisa estar em concordância com o tema geral, claramente revelado nas Escrituras. Exemplo: em João 20.12, lemos: “E viu dois anjos vestidos de branco, assentados onde jazera o corpo de Jesus, um à cabeceira e outro aos pés.” Esse detalhe (que escapou aos outros evangelistas) tem algum significado? Leia, por exemplo, Êxodo 25.18-21 e terás uma ideia.
Sim, os dois anjos em João 20, na posição em que foram vistos por Maria Madalena, tem muito a nos dizer sobre o formato do Evangelho de João, sobre o Tabernáculo e, claro, sobre a Vida de Jesus (veja os detalhes no capítulo 47 da Enciclopédia Arquivo7, intitulado: UM DETETIVE INVESTIGA A BIBLIA - PARTE 3). Agora cuidado para não exagerar na “lição de moral” que, supostamente, pode haver aqui.
Já expliquei inúmeras vezes que a Matemática Bíblica não pretende dar nenhuma explicação extra ou nova sobre quaisquer doutrinas bíblicas, exceto, é claro, sobre a Bibliologia (que detalharei adiante). Ou seja, não posso (e nem devo tentar) provar a divindade de Jesus usando a Matemática Bíblica – eu acredito que ela existe para outros objetivos.
Isso, entretanto, não significa que a Matemática Bíblica não possa ser usada para ILUSTRAR ou CORROBORAR uma doutrina claramente revelada nas Escrituras. Exemplo: Se o número 37 tem tudo a ver com Gênesis 1.1 (o texto mais importante sobre a criação do Universo), e também está superconectado ao Nome de JESUS, certamente corrobora o que a Bíblia diz em João 1.1-3, “QUE TODAS AS COISAS FORAM CRIADAS POR ELE”.
Aliás, existem impressionantes conexões matemáticas entre Gênesis 1 e João 1, e que estão muito além da mera coincidência.
Outra “lição de moral” que podemos retirar não da Matemática Bíblica, mas da Numerologia Bíblica (já expliquei a diferença entre esses conceitos centenas de vezes e não vou repetir aqui): Na Bíblia, podemos perceber que o número 1 claramente simboliza Deus, isto é, a Divindade, e o 6 representa o homem. A união 1 + 6 gera o 7, que está relacionado bastante com perfeição ou aliança entre Deus e o homem em muitas passagens.
Mas, novamente, devemos tomar cuidado com os exageros. Já vi gente explicar que os 5 irmãos do rico louco (de Lucas 16, a história do rico e Lázaro) representa a graça de Deus, porque o 5 tem esse significado, etc., etc. Aí, com base nisso, a pessoa faz uma preleção sobre a graça de Deus, etc. Ou as 5 mulheres citadas por Mateus na Genealogia de Jesus representa a graça de Deus, etc. Bem, aí não há limite pra imaginação humana.
Na minha opinião, o objetivo maior da Matemática Bíblica se encontra na Bibliologia, isto é, o estudo específico sobre a origem, formação e inspiração divina da Bíblia. Na minha opinião (e na de muita gente intelectualmente mais capaz), a Matemática Bíblica prova a inspiração divina da Bíblia. Sim, esse é o seu objetivo final. Ou como eu coloquei em um dos capítulos do Arquivo7:
Pra que serve essa Matemática Bíblica, afinal?
Principalmente para duas coisas:
1º - Para provar a INSPIRAÇÃO DIVINA da Bíblia, pois as simetrias matemáticas nela contidas NÃO PODEM ser meras artimanhas humanas (pelos argumentos apresentados);
2º - Para provar que A BÍBLIA ESTÁ COMPLETA, com 66 livros e 1.189 capítulos. Qualquer alteração (um livro a mais ou a menos, ou numa posição diferente, ou um capítulo a mais ou a menos) E TODAS AS SIMETRIAS QUE APRESENTAMOS AQUI SERIAM DESTRUÍDAS!
Enfim, a Matemática Bíblica não prova a veracidade da CRISTOLOGIA, DA ECLESIOLOGIA, DA PNEUMATOLOGIA, DA ESCATOLOGIA, etc., mas sim, DA BIBLIOLOGIA. E se a Bibliologia for provada verdadeira (isto é, divinamente inspirada), logicamente, todas as outras doutrinas ensinadas nela devem ser verdadeiras!
Na verdade, a Matemática Bíblica usada em favor da Apologética Cristã, parte de três perguntas:
1 - Existem padrões matemáticos ocultos em Gênesis 1.1?
2 - Esses padrões podem ser mero acaso ou algo projetado?
3 - Moisés ou algum ser humano da época teria os meios e condições necessárias para se elaborar tais padrões?
Bem, as evidências coletadas na Enciclopédia Arquivo7 apontam, sem sombras de duvidas, para as seguintes respostas:
1 - Sim, existem padrões no hebraico original de Gênesis 1.1. Na verdade, podemos listar MAIS DE 300 PADRÕES!!!
2 - Matematicamente, usando a Lei das Probabilidades, podemos facilmente provar que os padrões de Gênesis 1.1 foram, sem dúvida nenhuma, PROJETADOS!
3 - As evidências indicam que, quem projetou os esquemas matemáticos de Gênesis 1.1, teria que ter uma inteligência no mínimo igual a de um computador moderno, além de ter a capacidade de ver o futuro. Isto é, ser PRESCIENTE, o que já está além da inteligência do computador.
Ou seja, a Matemática Bíblica aponta para a existência de Deus!
E OS FUNDAMENTOS DESSA MATEMÁTICA BÍBLICA?
Pra deixar bem claro: eu não inventei ou tirei do nada essas teses bíblico-matemáticas defendidas aqui, mas me inspirei em pesquisas de investigadores especialistas no assunto, tais como:
1 – Vernon Jenkins, cristão britânico, que estudou os códigos matemáticos da Bíblia durante 40 anos (em outros artigos já falei sobre o site dele);
2 – Peter Bluer, outro cristão inglês, que tem mergulhado muito nos fatos matemáticos inseridos nos textos originais da Bíblia;
3 – Ivan Panin, o pioneiro nas pesquisas da Matemática Bíblica que, entre o final do século XIX e inicio do século XX, desafiou todos os cientistas, filósofos e demais estudiosos da época. E NENHUM DELES CONSEGUIU REFUTAR AS TESES DE PANIN que, diga-se de passagem, eram muitos fracas se comparadas as descobertas do Dr. Vernon Jenkins, do Dr. Peter Bluer e muitos estudiosos da atualidade, sobre o assunto.
Portanto, boa parte dos fatos envolvendo gematria, que tenho compartilhado aqui, foi descoberta pelos grandes homens acima. Entretanto, com base nas pesquisas deles, fiz “escavações” pessoais e descobri algumas coisas que eles não chegaram a descobrir. Como diz um pensamento popular, atribuído a Newton: “Só consegui ver mais longe do que eles [se referindo a pesquisadores posteriores] porque me apoiei nos ombros dos gigantes.” No caso, não vi mais longe do que eles, apenas descobri outras coisas com base no que eles descobriram... E, PROVAVELMENTE, EU NUNCA IRIA DESCOBRIR SE NÃO CONHECESSE A PROFUNDA INVESTIGAÇÃO DELES!!!
Nos últimos três anos minhas investigações na Matemática Bíblica foram direcionadas para uma área até então ignorada (ou não explorada) pelos pesquisadores acima (e outros): A ESTRUTURA DOS CAPÍTULOS BÍBLICOS! Se bem que Vernon Jenkins, em alguns artigos, deixou claro que a quantidade de livros e capítulos bíblicos devia ser significativa, mas não forneceu muitos detalhes. Aí, enquanto refletia sobre isso certo dia, encontrei uma “caverna recheada de tesouro” (que passei a divulgar principalmente a partir do capítulo 309 da Enciclopédia Arquivo7, totalizando, até agora, cerca de 9.000 páginas sobre este assunto).
Não gostaria de citar exemplos aqui, pois já foram citados centenas nos artigos anteriores. Se nenhum deles convenceu você, provavelmente nenhum novo o fará. O que tenho constatado é que, geralmente, quem critica a Matemática Bíblica defendida aqui, ou não consegue contestar os fatos divulgados ou nem se deu ao trabalho de ler, na íntegra, algum capítulo da Enciclopédia Arquivo7 sobre o assunto.
Sim, “ler na íntegra”, pois (como tenho constatado também), quando indico algum capítulo do Arquivo7 para que a pessoa tenha uma ideia básica sobre a tese defendida, é comum a tal se desculpar dizendo: “passei o visto”. Traduzindo: NÃO LEU O CAPÍTULO TODO. Aí fica difícil compreender o conteúdo... e fácil demais para criticá-lo.
"Nicodemos, que era um deles (o que de noite fora ter com Jesus), disse-lhes: Porventura condena a nossa lei um homem sem primeiro o ouvir e ter conhecimento do que faz?" João 7.50,51
Moacir Junior – morganne777@hotmail.com – www.arquivo7.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário