Percebam que o título deste artigo não é “O ESTRESSANTE DESAFIO DE PROVAR A MATEMÁTICA BÍBLICA”. Evidências temos de sobra, literalmente, centenas delas. Qualquer estudioso honesto que se der ao trabalho de examinar as evidências, constatará, facilmente, que existem padrões matemáticos na Bíblia, tanto na estrutura das palavras originais, quanto na estrutura dos livros e capítulos.
Portanto, repito, o nosso desafio maior é APRESENTAR ESSAS EVIDÊNCIAS PARA OS LEIGOS... e de forma inteligível. Tenho efetuado várias tentativas nesse sentido (principalmente nos apêndices mais recentes da Enciclopédia Arquivo7), mas sempre sinto a necessidade de apresentar outras opções. Hoje desejo simplesmente elaborar um esboço, isto é, um guia para uma rápida compreensão sobre o assunto. Isto é, os passos fundamentais para a introdução de qualquer ministração sobre Matemática Bíblica.
1º PASSO – OS DOIS NÚMEROS QUERIDINHOS DE DEUS
Neste primeiro passo, o palestrante deve evidenciar que os números mais importantes e significativos da Bíblia são 3 e 7. Uma das formas mais claras de se provar isso é apresentar uma tabela com a estatística dos dias mais citados nas Sagradas Escrituras. Como este exemplo:
|
|
Quant. de versículos |
Quant. de versículos |
TOTAL |
SETE DIAS |
SÉTIMO DIA |
92 |
48 |
140 |
TRÊS DIAS |
TERCEIRO DIA |
61 |
48 |
109 |
UM DIA |
PRIMEIRO DIA |
24 |
47 |
71 |
DOIS DIAS |
SEGUNDO DIA |
12 |
15 |
27 |
OITO DIAS |
OITAVO DIA |
06 |
21 |
27 |
SEIS DIAS |
SEXTO DIA |
19 |
06 |
25 |
DEZ DIAS |
DÉCIMO DIA |
11 |
13 |
24 |
QUATRO DIAS |
QUARTO DIA |
04 |
08 |
12 |
CINCO DIAS |
QUINTO DIA |
03 |
09 |
12 |
NOVE DIAS |
NONO DIA |
00 |
05 |
5 |
E juntando às outras referências de tempo citadas na Bíblia (tais como 3º e 7º meses, 3º e 7º anos, 3ª e 7ª semanas e 3ª e 7ª horas), não há como negar que, na Bíblia, existe uma clara preferência pelos períodos de tempo relacionados aos números 3 e 7.
2º PASSO – O SISTEMA ALFANUMÉRICO
Este já um pouco mais difícil, porém, é essencial, inevitável, não tem como contorná-lo. Estou falando de Gênesis 1.1, o texto mais importante sobre a origem do Universo. Sem precisar entrar em muitos detalhes, o ministrante deve fazer o possível para evidenciar o plano matemático envolvendo os números 3, 7, 37 e 73 na estrutura do texto original desse versículo, em hebraico. Dentro desse tópico também é essencial deixar bem evidente que o alfabeto usado na escrita da Bíblia (hebraico e grego) era alfanumérico. O palestrante tem que deixar claro que essa convenção das letras em números não foi obra de religiosos (a fim de criarem algum sistema ocultista, tipo a Cabala), mas surgiu da necessidade (principalmente comercial) dos povos realizarem cálculos, já que os algarismos ainda não tinham sido inventados. Foi com esse sistema que os antigos matemáticos gregos, por exemplo, realizaram suas incríveis façanhas matemáticas.
3º PASSO – A IMPOSSIBILIDADE HUMANA
Agora é a hora de falarmos da impossibilidade da mente humana ter elaborado Gênesis 1.1, e como faremos isso? Primeiro, usando a Lei das Probabilidades. Diante do tipo de público que estamos lidando (o leigo), temos que fazer o possível para explicarmos o que é essa Lei das Probabilidades sem usarmos os jargões matemáticos. Uma das maneiras mais simples de fazermos isso é usarmos os jogos, principalmente a popular Megassena. Temos que demonstrar que a quantidade de coincidências numéricas e matemáticas encontradas no texto de Gênesis 1.1 é grande demais para ser fruto do acaso ou artimanha humana.
Em segundo lugar, devemos explicitar que a convenção das letras do alfabeto em números só veio acontecer muitos séculos após a elaboração do livro de Gênesis. Isso implica que, ou o autor de Gênesis 1.1 tinha o dom de prever o futuro ou a maior sorte do Universo, ao elaborar uma frase sem saber quais valores as letras teriam dentro de 1.200 anos!
4º
PASSO – A ESTRUTURA DOS LIVROS E CAPÍTULOS BÍBLICOS
Aqui devemos provar que os mesmos padrões numéricos ocultos em Gênesis 1.1 estão evidentes na estrutura dos livros e capítulos. E, claro, a sugestão é que sejam citados os exemplos mais simples e facilmente comprováveis. Abaixo alguns exemplos dessa categoria:
1 – Os números 3 e 7 são os números CENTRAIS da Bíblia, e os dois livros que estão bem no CENTRO da Bíblia (Miquéias e Naum) têm, respectivamente, 7 e 3 capítulos!
2 – Apenas um livro na Bíblia possui 7 capítulos e está exatamente no CENTRO da Bíblia.
3 – A primeira (e única) vez, na ordem geral dos
livros da Bíblia, em que os dígitos 3 e 7 se encontram (nos números de ordem e
nos totais de capítulos), é exatamente no CENTRO da Bíblia! Miquéias, com 7
capítulos, sendo o 33º livro!
4 – Na Bíblia existem somente 7 livros com 3 capítulos!
5 – O primeiro livro, cujo número de capítulos é um múltiplo exato de 3, é justamente o TERCEIRO, ou seja, LEVÍTICO, com 27 capítulos (3 x 3 x 3).
6 – E o primeiro livro, cujo número de capítulos é um múltiplo exato de 7, é justamente o SÉTIMO, ou seja, JUÍZES, com 21 capítulos (7 + 7 + 7).
7 – Em toda a Bíblia, apenas 7 livros têm capítulos de número 37 (Gênesis 37, Êxodo 37, Jó 37, Salmo 37, Isaías 37, Jeremias 37 e Ezequiel 37).
8 – Estes 7 livros pertencem a 3 grupos distintos: LEI, POESIA e PROFECIA.
9 – A soma dos números de ordem dos livros do grupo 1 é igual a 3.
10 – A soma dos números de ordem dos livros do grupo 2 é igual a 37.
11 – A soma dos números de ordem dos livros do grupo 3 é igual a 73.
12 – A soma total dos capítulos de todos os livros que estão na ordem de 3 e seus múltiplos é um múltiplo de 7 (ou seja, 343 ou 7 x 7 x 7).
3 |
27 |
Levítico |
6 |
24 |
Josué |
9 |
31 |
1
Samuel |
12 |
25 |
2
Reis |
15 |
10 |
Esdras |
18 |
42 |
Jó |
21 |
12 |
Eclesiastes |
24 |
52 |
Jeremias |
27 |
12 |
Daniel |
30 |
9 |
Amós |
33 |
7 |
Miquéias |
36 |
3 |
Sofonias |
39 |
4 |
Malaquias |
42 |
24 |
Lucas |
45 |
16 |
Romanos |
48 |
6 |
Gálatas |
51 |
4 |
Colossenses |
54 |
6 |
1
Timóteo |
57 |
1 |
Filemon |
60 |
5 |
1
Pedro |
63 |
1 |
2
João |
66 |
22 |
Apocalipse |
|
343 7x7x7 |
|
7 |
21 |
Juízes |
14 |
36 |
2
Crônicas |
21 |
12 |
Eclesiastes |
28 |
14 |
Oséias |
35 |
3 |
Habacuque |
42 |
24 |
Lucas |
49 |
6 |
Efésios |
56 |
3 |
Tito |
63 |
1 |
2
João |
|
120 40 x 3 |
|
21 (1 x 3
x 7) |
12 |
Eclesiastes |
42 (2 x 3
x 7) |
24 |
Lucas |
63 (3 x 3
x 7) |
1 |
2
João |
|
37 |
|
CONCLUSÃO – Após a apresentação dos fatos, devemos citar uma ou mais razões porque tais fatos existem, como por exemplo:
1 – São coincidências demais para serem somente coincidências.
2 – Uma das implicações desses fatos numérico-matemáticos é que as evidências apontam para Uma Mente superior à humana. E que esta Mente foi a responsável tanto pela inspiração dos textos bíblicos, quanto da escolha dos livros, da determinação da ordem deles e da quantidade total de capítulos de cada um.
3 – Enfim, com base nessas evidências, podemos sugerir que a razão mais provável da existência de tais padrões numéricos na estrutura da Bíblia, tem por objetivo evidenciar que a Palavra de Deus está completa, com 66 livros e 1.189 capítulos, sem a necessidade de qualquer acréscimo.
Se as razões não são estas, quais seriam então?
Ah, um bom texto bíblico para se iniciar uma palestra sobre Matemática Bíblica, é este:
“Aqui há sabedoria. Aquele que tem entendimento, calcule o número da besta; porque é o número de um homem, e o seu número é seiscentos e sessenta e seis.” (Apocalipse 13.18)
Moacir
Junior – moacir37junior@gmail.com – www.arquivo7.com.br
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